CPI da Covid quer convocar presidente da CBF para falar da Copa América
Senador Randolfe quer que Rogério Caboclo esclareça que medidas foram tomadas para garantir a segurança sanitária no torneio
O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou requerimento nesta segunda-feira para convocar o presidente da CBF, Rogério Caboclo, a depor no colegiado. Randolfe quer que Caboclo esclareça quais medidas foram tomadas para garantir a segurança sanitária dos brasileiros e das delegações estrangeiras durante a realização da Copa América, no próximo mês.
“Na manhã do dia 31 de maio o Brasil foi surpreendido com o anúncio de que a Copa América de Futebol será realizada no Brasil em plena pandemia. O evento seria realizado na Colômbia, mas foi cancelado por conta dos protestos sociais que tomam conta do país. Em seguida, a Argentina cancelou a realização do torneio devido ao recrudescimento da pandemia naquela país. O evento, que terá início no dia 13 de junho, agora será sediado no Brasil, país que tem mais de 460 mil óbitos por Covid-19, que ocupa o segundo lugar do mundo em número de mortes e que está na iminência de uma terceira onda da doença”, afirma Randolfe, no requerimento.
“Diante desse cenário, esta Comissão Parlamentar de Inquérito precisa ouvir o presidente da CBF para saber que medidas foram tomadas para garantir a segurança sanitária dos brasileiros e das delegações estrangeiras durante a realização do evento”, continua o vice-presidente.
Apesar do requerimento apresentado por Randolfe, a convocação não é consenso entre a ala da oposição e dos independentes. A aliados, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), já relatou que o tema é assunto das autoridades sanitárias, e não da CPI. Ele também afirmou que já existem outros jogos ocorrendo no país.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) também criticou a realização do campeonato no Brasil. Ele classificou a iniciativa como um “escárnio”.
“Com mais de 462 mil mortes sediar a Copa América é um campeonato da morte. Sindicato de negacionistas: governo, Conmebol e CBF. As ofertas de vacinas mofaram em gavetas mas o ok para o torneio foi ágil. Escárnio.”