Fórmula 1

Dominante na China, Hamilton vence milésimo GP da F-1 e assume a ponta do Mundial

O triunfo fez o britânico alcançar os 68 pontos e ficar seis à frente de Bottas, o seu companheiro de Mercedes, agora segundo colocado do campeonato

Pentacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton voltou a fazer história ao vencer neste domingo o GP da China, em Xangai, que foi palco da milésima corrida da categoria máxima do automobilismo. Depois de ultrapassar o finlandês Valtteri Bottas na largada, o inglês foi dominante para conquistar a sua 75ª vitória na F-1 e ainda assumir a liderança do Mundial de Pilotos

O triunfo fez o britânico alcançar os 68 pontos e ficar seis à frente de Bottas, o seu companheiro de Mercedes, agora segundo colocado do campeonato e que também fechou a prova chinesa na segunda posição. Já o alemão Sebastian Vettel, que completou o pódio pela Ferrari, contabiliza 37 pontos e está atrás também do holandês Max Verstappen, da Red Bull, que soma 39 e obteve o quarto lugar na madrugada deste domingo (no horário de Brasília)

O monegasco Charles Leclerc, quinto colocado com a sua Ferrari, passou a ocupar o mesmo posto no Mundial, com 36 pontos. O mesmo vale para o francês Pierre Gasly, da Red Bull, que fechou o grupo dos seis primeiros na China e é o sexto do campeonato, bem distante do grupo dos cinco primeiros, com 13 pontos. Ele está logo à frente do campeão mundial Kimi Raikkonen, com 12 depois de ter encerrado a corrida asiática na nona posição com a sua Alfa Romeo.

O australiano Daniel Ricciardo, da Renault, e o mexicano Sergio Pérez (Racing Point) ficaram nas respectivas sete e oitava colocações, enquanto o grupo dos dez primeiros foi fechado pelo tailandês Alexander Albon, da Toro Rosso, logo atrás de Raikkonen.

Dominante na Fórmula 1 nos últimos anos, a Mercedes também parece começar a confirmar a sua supremacia, pois já disparou na ponta do Mundial de Construtores, com 130 pontos, enquanto a Ferrari tem 73 em segundo lugar e a Red Bull está em terceiro, com 52.

Essa foi, por sinal, a sexta vitória de Hamilton no GP da China, sendo que pela primeira vez, desde 1992, que uma mesma equipe termina as três provas iniciais de um Mundial de F-1 nas duas primeiras posições. Há 27 anos, Nigel Mansell e Riccardo Patrese obtiveram este feito como pilotos da Williams.

“Como uma equipe, não esperávamos ter essa sequência”, admitiu Hamilton após triunfar na China, onde ganhou também a segunda prova seguida após faturar o GP do Bahrein com uma boa dose de sorte, pois Leclerc disparava rumo à bandeirada quando teve problemas com o motor de sua Ferrari na parte final da prova. Naquela ocasião, Bottas também se aproveitou para ultrapassar o monegasco e terminar a corrida em segundo. Antes disso, na abertura do Mundial, o finlandês ganhou o GP da Austrália e o seu parceiro de Mercedes ficou em segundo.

Neste domingo, o vencedor em Xangai acabou sendo definido no início, pois, após largar em segundo, Hamilton ultrapassou Bottas e liderou por 56 voltas até a bandeirada final. “O começo é o que realmente fez a diferença”, destacou o britânico, que também evitou exibir euforia ao projetar a próxima prova do calendário, daqui a duas semanas, em Baku, no Azerbaijão.

Embora Vettel tenha terminado mais de 13 segundos atrás dele e Leclerc a mais de 31s, Hamilton ainda vê um cenário de equilíbrio com a Ferrari. “Você pode ver que isso ainda está muito próximo entre todos nós. Não temos ideia de como será a próxima corrida”, ressaltou.

E a Ferrari voltou a protagonizar uma polêmica em relação às ordens de equipe ao pedir para Leclerc abrir passagem e ceder o terceiro lugar a Vettel já na 11ª volta na China. Irritado, o monegasco chegou a reclamar pelo rádio do seu carro e depois ainda foi prejudicado por uma estratégia de troca de pneus que o fez perder muito tempo e acabou sendo determinante para que terminasse a prova em quinto lugar, atrás de Verstappen.

E, no final das contas, a dupla ferrarista fechou a prova chinesa atrás do holandês da Red Bull na classificação do campeonato. E o Mundial viveu neste domingo a sua histórica milésima corrida depois de a primeira de todas da Fórmula 1 ter ocorrido em 1950, com o italiano Giuseppe Farina, da Alfa Romeo, vencendo em Silverstone, na Inglaterra.

Confira a classificação do GP da China:

1) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h32min06s350

2) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 6s552

3) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 13s744

4) Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 27s627

5) Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 31s276

6) Pierre Gasly (FRA/Red Bull), a 1min09s307

7) Daniel Ricciardo (AUS/Renault), a uma volta

8) Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a uma volta

9) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

10) Alexander Albon (TAI/Toro Rosso), a uma volta

11) Romain Grosjean (FRA/Haas), a uma volta

12) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a uma volta

13) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a uma volta

14) Carlos Sainz Jr (ESP/McLaren), a uma volta

15) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a uma volta

16) George Russell (ING/Williams), a duas voltas

17) Robert Kubica (POL/Williams), a duas voltas

18) Lando Norris (ING/McLaren), a 6 voltas

Abandonaram a prova:

19) Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso)

20) Nico Hülkenberg (ALE/Renault)