Em busca de treinador, Flamengo marca reuniões com Torrent e Carvalhal
Dirigentes rubro-negros viajam pela Europa atrás de substituto para Jorge Jesus
As primeiras tacadas na busca do Flamengo por um novo treinador estão dadas: o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, e o diretor de futebol, Bruno Spindel, tem reuniões marcadas com os dois principais alvos da cúpula de futebol: o espanhol Domènec Torrent, ex-auxiliar de Pep Guardiola, e o português Carlos Carvalhal, que está em fim de contrato com o Rio Ave.
A reunião com Torrent será em Madri, neste sábado, enquanto Carvalhal conversará com a diretoria nos próximos dias, em Lisboa — se tudo correr como esperado, no domingo. Também existe expectativa por uma conversa com o português Leonardo Jardim, ex-Monaco e que está desempregado. Eles são os três nomes melhores avaliados após uma longa peneira, que também observou nomes com os portugueses Marco Silva e o espanhol Miguél Ángel Ramírez.
Marcos Braz, que tem passaporte português, viajou para a Europa na última sexta-feira para iniciar a programação rubro-negra. Já Bruno Spindel, que precisou da autorização do consulado devido a pandemia da Covid-19, embarcou nesta sexta e chegará no sabado à capital portuguesa. Ele confirmou a reunião deste sábado.
— Tem reunião amanhã. Temos várias reuniões que vão acontecer. Os destinos vamos sabendo no decorrer da viagem — disse Spindel no aeroporto do Galeão, antes de embarcar.
A dupla não trabalha com metas, mas a expectativa é que voltem da Europa já com um treinador acertado dentro do espaço de uma semana. Além de buscar um novo técnico, o Flamengo também avalia ceder o volante paraguaio Piris da Motta, que interessa ao Braga.
Carlos Carvalhal, de 54 anos, é cotado para deixar o Rio Ave, sexto colocado no Português, ao fim da temporada. Trata-se de um treinador com ideias próximas às de Jesus, o que inclui a linha defensiva bem adiantada. Ele é visto com muito potencial por fazer equipes modestas competirem em alto nível.
Ja Domènec Torrent é adepto do jogo de posição, cujo principal expoente hoje é Pep Guardiola. Também fazem parte dessa escola, com variações aqui e ali, os argentinos Jorge Sampaoli e Marcelo Bielsa. Ele é tão ofensivos quanto Jesus e acredita que os jogadores devem ocupar zonas predeterminadas do ataque e esperar pela bola.
Por sinal, o Domènec recebeu elogios do lateral-direito Rafinha, com quem trabalhou com ele no Bayern de Munique.
— Foram três anos que trabalhamos juntos no Bayern, depois ele foi para o City com o Pep. É aquela história, ele é da escola do Cruyff, né? É um cara que sabe tudo e mais um pouco de bola. No Bayern, os treinamentos quem dava era ele, o Guardiola ficava só corrigindo e tal. É um cara que dispensa comentários — disse Rafinha, em entrevista à ESPN.