Em decisão contra a Jamaica, Brasil tenta evitar queda que não acontece há 28 anos
Com três pontos no Grupo F, as sul-americanas foram ultrapassadas por francesas e jamaicanas, que estão com quatro
Sem margem para erro, como definiu a meia Andressa Alves, o Brasil precisa vencer a Jamaica para evitar a decepção de ser eliminada na fase de grupos da Copa do Mundo feminina. Algo que não acontece desde 1995.
Após a empolgação da estreia com goleada por 4 a 0 sobre o Panamá, o Brasil passou a correr risco por causa da derrota por 2 a 1 para a França, no último sábado (29). Com três pontos no Grupo F, as sul-americanas foram ultrapassadas por francesas e jamaicanas, que estão com quatro.
O jogo será nesta quarta-feira (2), às 7h (de Brasília), no Melbourne Rectangular Stadium, na Austrália. A transmissão será da Globo, SporTV, ge e Cazé TV (Youtube e Twitch).
“O Brasil ainda é favorito contra a Jamaica. A gente depende só da gente. Não temos margem para erro e temos de fazer nosso melhor jogo na Copa”, disse Andressa.
“Nós estamos sob pressão o tempo todo. Depois de uma derrota, é claro que as emoções ficam afloradas. É um sentimento ruim, mas acho que a gente tem de usar isso como motivação”, acredita a capitã Rafaelle.
No último torneio, em 2019, o time também chegou à última rodada precisando de um resultado e conseguiu: derrotou a Itália por 1 a 0, com um gol de Marta, e foi às oitavas. Acabou eliminado pela França, que sediava a competição.
Apenas nos dois primeiros mundiais, em 1991 e 1995, o Brasil caiu na primeira fase. No primeiro torneio oficial organizado pela Fifa, ganhou do Japão, mas perdeu para Estados Unidos e Suécia. Quatro anos mais tarde, caiu após ser goleado por 6 a 1 pela Alemanha e terminar na lanterna de sua chave.
Isso mudou a partir de 1999, quando chegou até a semifinal diante dos Estados Unidos e caiu por 2 a 0.
A seleção foi eliminada nas quartas em 2003 (derrota para a Suécia) e 2011 (Estados Unidos, nos pênaltis). Ficou nas oitavas em 2015 (Austrália) e 2019. Fez a melhor campanha em 2007. Foi à final e perdeu para a Alemanha por 2 a 0.
“Temos que jogar tudo. Será uma final e final não se joga, se vence. Temos de entrar com esse pensamento. Não é importante golear, é fazer os três pontos e passar de fase”, disse Andressa Alves, pensando na Jamaica.
A rival terá a volta de sua melhor jogadora. Expulsa na estreia contra a França, a atacante Khadija Shaw, 26, ficou fora da vitória por 1 a 0 sobre o Panamá. Ela atua pelo Manchester City, na Inglaterra, e foi eleita a jogadora do ano da Concacaf, a confederação da América Central, do Norte e do Caribe.