Em jogo com ‘brasileiros’, Peru supera Colômbia na Copa América e quebra jejum
No Olímpico, o time peruano derrotou a Colômbia por 2 a 1, conquistou sua primeira vitória na competição e, de quebra, encerrou um jejum de dez anos sem vencer o adversário.
Em partida que contou com diversos “brasileiros” em campo, a seleção do Peru se reabilitou na Copa América, após levar 4 a 0 do Brasil na estreia. Na noite deste domingo (20), em Goiânia, o time peruano derrotou a Colômbia por 2 a 1, conquistou sua primeira vitória na competição e, de quebra, encerrou um jejum de dez anos sem vencer o adversário.
Sem poder contar com Paolo Guerrero, machucado, o Peru chegou aos três pontos no Grupo B, subiu para o terceiro lugar e ajudou a seleção brasileira. Afinal, a Colômbia é a segunda força da chave e chegaria aos mesmos seis pontos do líder Brasil se tivesse vencido neste domingo. Os colombianos estacionaram nos quatro pontos.
A Colômbia é justamente o próximo rival do Brasil na quarta-feira, no Engenhão, no Rio de Janeiro. No mesmo dia, o Peru vai duelar com o Equador, em Goiânia.
A partida deste domingo contou com diversos jogadores conhecidos da torcida brasileira, como Yotún (ex-Vasco), Borja (ex-Palmeiras), Cuellar (ex-Flamengo), Cueva (ex-Santos e ex-São Paulo), Mina (ex-Palmeiras) e Chará (ex-Atlético-MG). Até no banco tinha um treinador com passagem pelo futebol brasileiro: o argentino Ricardo Gareca, treinador do Peru e ex-Palmeiras.
A partida
Colômbia e Peru fizeram um duelo equilibrado nos primeiros 15 minutos. Os colombianos tentavam se impor, buscando mais o ataque. E exibiam seu poder ofensivo com Cuadrado, em boa chance aos 11, e Borja aos 14. Com o Peru recuado, parecia questão de tempo para a Colômbia abrir o placar.
Até que a seleção peruana resolveu se arriscar no ataque. E foi feliz logo em sua primeira investida. Aos 16, Yotún arriscou de fora da área e carimbou a trave. No rebote, Peña encheu o pé e estufou as redes, sem qualquer chance para o goleiro Ospina. Com a mudança no placar, o jogo ganhou outro desenho.
A Colômbia parecia ter sentido o baque. Continuava com maior posse de bola, mas demonstrava certa apatia. Quase não se arriscava no ataque, talvez por medo de um contra-ataque. Os peruanos, por sua vez, tinham confiança mais elevada agora para tentar anotar o segundo gol.
Neste ritmo, o Peru quase ampliou logo aos 2 minutos do segundo tempo, com Lapadula. Ospina precisou se esticar para evitar o gol. Preocupado na defesa, o time colombiano era conduzido no ataque por Borja. Em noite inspirada, ele criava lances perigosos com frequência.
Aos 5, disparou pela esquerda e foi derrubado dentro da área: pênalti. O próprio ex-jogador do Palmeiras converteu a cobrança. Sete minutos depois, ele teve chance para virar o placar. E, quando a Colômbia parecia assumir definitivamente as rédeas do jogo, o Peru voltou a mostrar eficiência no ataque. Desta vez, com ajuda da defesa rival.
Aos 19, Cueva cobrou escanteio na área e o zagueiro Mina desviou de barriga, mandando contra as próprias redes. Ospina ainda foi buscar a bola, que já havia cruzado a linha do gol.
Diante do risco da derrota, o técnico Reinaldo Rueda colocou o atacantes Muriel e Chará e a Colômbia partiu para a pressão. Foram três chances em sequência, duas delas com Borja e outra com Muriel, destaque da Atalanta no Campeonato Italiano.
Nos minutos finais, a pressão aumentou. Borja e até o zagueiro Mina tentavam resolver em lances isolados. Mas, a essa altura, as investidas colombianas já estavam manjadas pela defesa peruana, que se segurou bem até o apito final e assegurou a vitória.
FICHA TÉCNICA:
COLÔMBIA 1 x 2 PERU
COLÔMBIA – Ospina; Medina (Morelos), Mina, Davinson Sánchez, Tesillo; Barrios, Sebastián Pérez (Cuéllar), Cuadrado, Cardona (Chará); Zapata (Muriel) e Borja. Técnico: Reinaldo Rueda.
PERU – Gallese; Corzo, Christian Ramos, Callens, Marcos López; Tapia, Yotún, Carrillo, Cueva (Raziel García), Peña (Cartagena); Lapadula (Ormeño). Técnico: Ricardo Gareca.
GOLS – Peña, aos 16 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Carillo, Borja.
ÁRBITRO – Esteban Ostojich (Uruguai).
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Estádio Olímpico, em Goiânia (GO).