Em novo julgamento por injúria racial, Atlético-GO tem perda de mando de campo retirada e multa reduzida
Um novo capítulo do caso de injúria racial de um torcedor com o meio-campista Fellipe…
Um novo capítulo do caso de injúria racial de um torcedor com o meio-campista Fellipe Bastos foi escrita nesta quinta-feira (15). O Atlético Goianiense foi novamente julgado pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pelo incidente que aconteceu no clássico entre Goiás e o rubro-negro no estádio Antônio Accioly, com a presença de torcida única do Dragão, e a pena foi alterada em relação a primeira que havia sido estabelecida.
O Atlético Goianiense havia perdido um mando de campo, que acabou sendo retirado, ao invés disso, o clube vai realizar ações pedagógicas com seus principais jogadores. A multa, que era de R$ 50 mil, foi reduzida para R$ 30 mil por conta da primariedade. “Hoje o Pleno do STJD do Futebol dá um passo importantíssimo no combate ao racismo no futebol”, disse Paulo Pinheiro, advogado que representou o Atlético Goianiense neste caso.
“O fato é grave em todas as formas, mas foi um único torcedor não identificado e a condenação parte de um pressuposto do desenrolar dos fatos. Estou propondo a redução de multa de R$ 50 mil para R$ 25 mil e, lembrando a última Transação Disciplinar feita com o Cruzeiro, determino que o clube faça ações educativas com os principais atletas da equipe no combate ao racismo até o final do campeonato. A ação deverá ser veiculada no telão do estádio antes do início das partidas e nos intervalos. Peço ainda que essa medida seja enviada para que a CBF verifique a possibilidade de inclusão no próximo campeonato”, disse o relator do processo, o auditor Felipe Bevilacqua.
O segundo julgamento acabou sendo adiado, a conexão do relator não funcionou, e ele deve ser realizado em cerca de duas semanas. Já o outro recurso também será por conta de um jogo contra o Goiás, mas no duelo pela Copa do Brasil, no dia 26 de junho. Pelo caso, o time foi punido inicialmente com multas de R$ 10 mil por cantos homofóbicos e R$ 5 mil por invasão de um drone e objeto atirado no gramado.