De virada

Brasil vence Estados Unidos no tie-break no Goiânia Arena

O clássico entre as duas seleções encerrou a etapa brasileira da Liga das Nações de Vôlei, realizada desde sexta-feira na capital goiana

O torcedor goiano encontrou tudo que esperava ao ir ao Goiânia Arena para acompanhar o clássico entre Brasil e Estados Unidos neste domingo (3). Os 11.306 torcedores que pagaram para presenciar o último dia da segunda etapa da Liga das Nações de Vôlei puderam, inclusive, comemorar a vitória brasileira por 3 sets a 2, que não era certa e parecia que nem viria ao final do segundo set – os brasileiros perderam as duas primeiras etapas. Ela veio em um último set, muito disputado, repleto de erros dos dois lados, mas que terminou em 20 a 18, para a felicidade da torcida que deu ao Brasil o recorde de público da liga até o momento.

Como o técnico Renan Dal Zotto havia adiantado, o time que começou jogando teve uma formação diferente tanto da equipe que entrou sexta-feira quanto da de sábado. Começaram: o levantador Bruno, o oposto Wallace, os centrais Maurício Souza e Lucão, os ponteiros Maurício e Lipe e o líbero Murilo. Era a força máxima que o treinador prometeu no dia anterior, ao considerar que seria um momento de dar corpo ao sexteto oficial para a temporada. Ainda assim, a partida não foi diferente do esperado: houve muita dificuldade e o primeiro set foi controlado pelos norte-americanos.

Apoiado em muitos erros da seleção brasileira, a vitória nesta etapa foi dos Estados Unidos, que fechou em 25 a 21. Desconcentrado, o Brasil continuou errando no segundo set e deixou o adversário abrir cinco pontos de vantagem no início. A equipe demonstrou reação após o primeiro tempo técnico, quando o oponente alcançou 8 pontos: em pouco tempo o placar passou de 8 a 5 para 9 a 8, mas ainda com os estrangeiros à frente. Contudo, a recuperação brasileira parou. Os Estados Unidos chegaram ao segundo tempo técnico, aos 16 pontos, também à frente.

Dal Zotto tentou mudar a partida colocando o central Isac em quadra. A vontade que o jogador mostrou, na intenção de fazer diferença, era perceptível até à distância. A entrada dele até retardou o fim do set, mas não evitou nova vitória parcial dos visitantes: 25 a 20. No terceiro set, em que o Brasil acordou e esteve à frente dos Estados Unidos na maior parte do tempo, seu nome foi pedido pela torcida quando não estava em quadra. O líbero Thales também teve seu nome gritado por torcedores, que não pouparam Murilo, ídolo da equipe, mas novo na função. Com ele em quadra, apesar da torcida contra, a seleção nacional venceu o terceiro set por 25 a 19.

A vitória parcial em pelo menos uma etapa fortaleceu os brasileiros, que começaram à frente o terceiro set, mas deixaram o adversário passar em 7 a 6 e só retomaram a vantagem em 10 a 9. Os Estados Unidos não conseguiram mais virar. O Brasil contou com a inspiração de Maurício Borges, tanto em ataques quanto em bloqueios, e com Wallace, sempre presente, para vencer o quarto set por 25 a 20. No início do último set, o Brasil também manteve a dianteira. A equipe de Dal Zotto errou muito, mas também pode contar com erros adversários. Após, um tiebreak muito disputado, o Brasil venceu por 20 a 18.