MEDALHISTA

‘Errei manobras muito fáceis’, diz Rayssa Leal sobre final no skate nas Olimpíadas

Rayssa Leal ficou com a bronze nas Olimpíadas de Paris no stake

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Rayssa Leal superou o próprio nervosismo para subir ao pódio pela segunda vez em duas participações olímpicas. Nesta segunda-feira (29), um dia após conquistar o bronze na final feminina de skate street, a atleta comentou sobre seu desempenho durante passagem pela Casa Brasil, evento promovido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em Paris.

“Quando errei as duas voltas na semifinal, fiquei nervosa. Meu time falou que eu precisava de duas manobras muito altas para poder passar para a final, então mudamos toda a estratégia. O Felipe [Gustavo, técnico de Rayssa] falou que eu precisava talvez de um 80 e um 90”, disse ela em participação no programa Cobcast.

Ela acertou as primeiras três manobras e recebeu as duas maiores notas da etapa classificatória, um 88,87 e um 92,68. Conseguiu uma classificação sofrida, em sétimo de oito meninas que avançavam para a final.

“Consegui acertar [as manobras que precisava para passar], nem tinha dado elas no treino”, continuou.

“Acho que foi a pista que eu mais fiquei com medo de tentar o corrimão, talvez por me cobrar tanto.”

A skatista natural de Imperatriz (MA) disse ter chegado à final bem mais tranquila. “Só que errei duas manobras muito fáceis e sabia que [naquele momento] o ouro já era. Na hora eu só conseguia falar para mim mesma que tinha perdido o ouro”, acrescentou.

Segundo a atleta, a disputa em Tóquio-2020 foi mais leve porque ela não tinha grandes pretensões –acabou ficando com a prata. Em Paris, conta ter chegado com outra mentalidade.

Para a última descida de manobras na final, ficou na dúvida entre duas: uma mais difícil (o flip smith de back) para ainda tentar beliscar o ouro ou a prata ou uma mais segura (o flip rock), que poderia garantir o bronze. “Meu time falou para eu ir no flip rock e deu tudo certo. Foi um alívio muito grande”, disse Rayssa.