Ex-jogador da Seleção Brasileira é indiciado pela PF
Entre os crimes estão lavagem de dinheiro e tráfico de influência; ele nega.
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O ex-jogador da seleção brasileira Edílson da Silva Ferreira, conhecido como Edílson Capetinha, foi indiciado, nesta segunda-feira (14/09), por crime organizado, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Edílson é investigado na operação contra fraudes de pagamentos de loterias da Caixa Econômica Federal (CEF).
O ex-jogador prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Goiânia, nesta segunda-feira. Ele falou por cerca de três horas a partir das 15h e voltou a garantir sua inocência.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, o ex-atacante chegou à delegacia às 14h10 e iniciou o depoimento 50 minutos depois. A polícia ainda informou que Capetinha se apresentou voluntariamente para prestar esclarecimentos, mesmo após o cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua casa, na Bahia.
“Não tenho envolvimento nenhum. Sofro por ser conhecido e famoso. Muitas pessoas acabam ligando e oferecendo coisas, mas tenho a consciência tranquila”, disse. “Fiz meu papel de cidadão, quis vir para ajudar na investigação. Isso prejudica a mim e a minha carreira, tenho serviços prestados ao Brasil. Não vou permitir que meu nome seja jogado no lixo assim. Tudo será resolvido”, completou Edílson.
Seu ex-assessor, Eduardo Pereira dos Santos, foi um dos três presos na Bahia pela ‘Operação Desventura’, deflagrada na última sexta-feira. A PF busca deter uma quadrilha que realizava fraudes para lucrar nas loterias da Caixa Econômica Federal. O esquema também contava com a ajuda de correntistas e gerentes da CEF. No total, foram expedidos 54 mandados judiciais contra o grupo em Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e Distrito Federal.