Crime

Ex-namorada do surfista JP Azevedo, que agrediu americana, relata episódio de violência

Ela afirma que precisou ir ao hospital e teve traumatismo craniano decorrente das agressões de JP Azevedo

Ex de JP Azevedo, surfista brasileiro que agrediu mulher, relatou episódio também de agressão. Foto: Divulgação - Redes Sociais

Carolina Braga, de 41 anos, publicou em suas redes sociais que foi agredida pelo surfista João Paulo Azevedo durante um relacionamento que manteve como ele de 2018 a 2019. Ela afirma que precisou ir ao hospital e teve traumatismo craniano decorrente das agressões de JP Azevedo, como é conhecido o esportista, que foi flagrado em vídeo dando um soco na cabeça da surfista americana Sara Taylor e gerou revolta nas redes sociais

Depois da repercussão do caso, Carolina Braga trouxe sua própria história envolvendo o ex-companheiro. “Eu namorei o JP Azevedo em 2018 e 2019. Terminamos quando ele me agrediu fortemente. Fui parar em um hospital com traumatismo craniano. Fiquei com tanta vergonha de tudo e principalmente da minha filha que tanto amo”, escreveu na legenda da publicação nas redes sociais.

João Paulo Azevedo comentou sobre as agressões à Sara Taylor, que levou um soco do brasileiro por ter cortado um amigo do capixaba quando ele tentava pegar uma onda. Ele declarou que houve edição no vídeo divulgado por Taylor. Ele se diz arrependido dos acontecimentos. “Inicialmente eu gostaria de falar que estou profundamente arrependido e envergonhado por tudo que aconteceu ontem. Eu acabei perdendo a cabeça cometendo atitudes inadequadas. Estou muito arrependido”, afirmou o surfista de Vitória, Espírito Santos.

JP Azevedo, porém, afirma que o vídeo publicado por Taylor foi editado e que o motivo para as suas ações foi um desentendimento e que ele próprio teria sido insultado por Taylor e sua companheira. “Sem querer justificar minha atitude, o vídeo postado pela menina foi editado e me coloca numa condição muito delicada.(…) O que eu gostaria é que fosse divulgado a íntegra do vídeo, sem edição, para que todos pudessem entender o que de fato aconteceu.”, explicou o brasileiro. Ele também comentou que a plataforma do Instagram derrubou sua conta oficial e que “no tempo certo vou poder me defender.”

Surfistas do Brasil e do mundo mandaram mensagens para as vítimas de João Paulo Azevedo. Filipe Toledo, atual campeão mundial do Circuito Mundial de Surfe, a WSL, se solidarizou com Sara Taylor e Carolina Braga. “Lamento que isso aconteça com vocês! Espero que vocês estejam bem!”, comentou no vídeo da americana. Para a ex-namorada do agressor, Filipe Toledo foi mais enfático. “Dessa ele não escapa!”, escreveu o campeão mundial.

Gabriel Medina, tricampeão mundial, também comentou em post da ex-companheira de JP. “Sinto muito por tudo que passou! Deus sabe de todas as coisas. Desejo amor e força na sua vida. Força, Carol!”, desejou o paulista. Outros nomes do surfe nacional e internacional mandaram apoio às vítimas, como Lucas Chumbo, Tatiana Weston-Webb, Kelly Slater e Phil Rajzman.

A própria Sara Taylor, que foi agredida por Azevedo, também se solidarizou com a história de Carolina Braga. “Isso é de partir o coração. Estou enviando meu carinho. Você é tão forte e corajosa. Você está ajudando mulheres em todos os lugares”, comentou a americana nas redes sociais de Braga.

Entenda o caso

Na última quarta-feira, 5, a surfista americana Sara Taylor foi agredida por um brasileiro enquanto surfava em Bali, na Indonésia. Em vídeo divulgado em suas redes sociais na última quarta-feira, a surfista mostra o momento em que levou um soco de João Paulo Azevedo, conhecido como JP Azevedo, porque a americana teria cortado seu amigo quando esse tentou pegar uma onda.

“Depois de pegar minha primeira onda, o amigo do cara (que ela cortou) me deu um soco na cabeça e, depois de ser confrontado por ter me batido, ele atacou Charlie (seu amigo) na praia por filmá-lo. Isso é insano, alguém sabe quem são (esses cara)?”, perguntou Sara Taylor na legenda do vídeo da agressão.

O atleta capixaba que vive em Bali desde 2019. Segundo o jornal A Gazeta, o brasileiro explicou o que motivou o ocorrido e disse ter se confundido e “achado que ela era um homem”.

“Não sei como a confusão começou, de fato. A vi empurrando meu amigo, achei que era um homem e fui defender. Depois que bati, eu vi que ela estava usando sutiã, pedi desculpas e ela não aceitou. Quando estávamos no solo, ela foi ao meu carro, pegou minha prancha e começou a quebrar. A partir daí, eu só me defendi”, respondeu.