Fifa suspende Blatter, Platini e Valcke por 90 dias
Além dos 90 dias afastados, os três acusados poderão ter uma pena adicional de, no máximo, mais 45 dias.
O Comitê de Ética da Fifa anunciou a suspensão provisória por 90 dias do presidente da entidade, o suíço Joseph Blatter, além do secretário-geral Jerôme Valcke e do atual presidente da Uefa Michel Platini. Nesta quarta-feira (7) o Comitê já havia sugerido a suspensão do mandatário, entretanto ainda não havia sido oficializado seu afastamento.
Além dos três envolvidos, o sul-coreano que também era um dos candidatos à presidência da Fifa, Chung Mong-Joon, foi banido por seis anos por tentar comprar votos para que a Coreia do Sul fosse sede da Copa do Mundo de 2022. Na época, um dos maiores acionistas da Hyundai chegou a oferecer 700 milhões de dólares para aqueles que possuíam o poder do voto.
Blatter e Platini continuam sob investigação após o suíço depositar uma fortuna na conta de Platini. Ao descobrirem o depósito, o presidente da Fifa alegou que se tratava de um pagamento aos serviços prestados pelo francês no período em que trabalhou na entidade. Michel Platini também reitera que o dinheiro recebido não faz parte de nenhuma irregularidade. Blatter se pronunciou nesta semana a veículos alemães dizendo que não há provas contra ele e que as investigações são injustas.
Já Jerôme Valcke também foi suspenso após ter seu nome envolvido em um esquema de vendas de ingressos para a Copa do Mundo. Há suspeitas de que o secretário-geral utilizava seu poder na Fifa para negociar bilhetes de grandes eventos futebolísticos, transformando a entidade máxima do futebol em um grande balcão de negócios.
Além dos 90 dias afastados, os três acusados poderão ter uma pena adicional de, no máximo, mais 45 dias. Com isso, Blatter, Platini e Valcke estão afastados de toda e qualquer participação em decisões relacionadas ao futebol.
Quem comanda as investigações sobre Blatter é Robert Torres. Já Vanessa Allard, as de Platini. Em nota oficial publicada em seu site, a Fifa afirmou que “a base para essas decisões são as investigações que estão sendo feitas pela Câmara de Investigação do Comitê de Ética”, chefiada por Cornel Borbély. (Da Gazeta)