REFORÇOS

Abel cobra reforços no Palmeiras: ‘Saídas importantes devem ser repostas’

Na estreia do Paulistão, o Palmeiras ficou no empate sem gols com o São Bento

Abel em jogo pelo Palmeiras. Foto: Cesar Greco - Palmeiras

Abel Ferreira tinha abraçado a ideia da diretoria que o elenco do Palmeiras era forte o suficiente para fazer uma temporada em alto nível sem a necessidade de contratações. Bastou um empate sem gols com o São Bento, na abertura do Paulistão, no Allianz Parque, para o treinador já cobrar a chegada de reforços à direção.

Além de alguns jogadores que estavam fora dos planos e acabaram liberados, o clube perdeu o volante Danilo e o meia Gustavo Scarpa, titulares absolutos, para o Nottingham Forest. Os meio-campistas não têm reservas com características parecidas e o técnico português cobra a reposição da “qualidade.”

“Claro que precisamos correr atrás de reforços. Temos objetivos financeiros e esportivos. Como disse no ano passado, se tivéssemos saídas importantes, teríamos que ir atrás. Como saiu, tem de entrar, e qualidade custa dinheiro. Temos que ir atrás de reforços”, afirmou o técnico.

Nada, porém, de condenar os substitutos utilizados no lugar dos dois ex-titulares. Abel sabe que ainda é início de temporada e pede clama, apesar de admitir a frustração com o 0 a 0 diante do São Bento, a quem teceu elogios.

“Não conseguimos criar grandes oportunidades de gols, não fomos tão fluidos como é o normal. Mas a equipe está vindo de férias, alguns jogadores tiveram parada longa por lesão (Raphael Veiga e Jailson), e faz parte (o rendimento abaixo)”, disse o técnico. “Temos de continuar (trabalhando), aprimorar o que fazíamos, recarregar as baterias, trabalhar as qualidades físicas, técnicas, táticas… Fomos organizados, o público ajudou e entregamos o que podíamos, mas não foi o suficiente”, afirmou. “Não tenho de arranjar desculpas, é dar parabéns ao adversário. Nós demos tudo o que podíamos, mas podemos fazer melhor.”

Sobre o planejamento, com clássico diante do São Paulo no próximo fim de semana – na quinta-feira visita o Botafogo, em Ribeirão Preto -, e decisão da Supercopa do Brasil daqui 15 dias, contra o Flamengo, Abel Ferreira evitou falar em rodízio do elenco. Assumiu que deve trocar algumas peças, mas salientou que o ritmo vem apenas com sequência de jogos.

“O foco será no dia a dia, vamos ver como os jogadores vão se comportar, como vamos recarregar nossas baterias”, disse. “Será jogo a jogo. Não vamos falar se teremos rodízio ou não, se trocaremos três, quatro ou cinco. Vou procurar achar quem pode fazer as melhores posições, mas não consigo dizer se vamos ter muito rodízio. Acredito em algumas trocas, mas antes tenho de ver como os jogadores estão, alguns estavam lesionados há muito tempo e só chegarão na máxima força jogando.”