JUSTIÇA

Presidente do Goianésia diz que recebeu proposta para participar de manipulação de resultados

O grupo criminoso ofereceu R$ 500 mil para que o presidente do Goianésia e o time manipulasse jogos do Campeonato Goiano em 2023

Estádio Valdeir José de Oliveira, em Goianésia. Foto: Roberto Corrêa

O presidente do Goianésia, Marco Antônio Maia, foi um dos responsáveis por denunciar uma organização criminosa especializada em manipulação de resultados. Nesta quarta-feira (9/04) foi deflagrada a “Operação Jogada Marcada“, pela Polícia Civil. O dirigente denunciou o grupo em 2023, após receber uma proposta para manipular jogos.

“Em 2023, o presidente do Conselho do Goianésia, Marco Antônio Maia, recebeu uma proposta de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para que o clube participasse de um esquema de manipulação de partidas do Campeonato Goiano. Diante da gravidade do fato e do compromisso ético que temos com o esporte, ele imediatamente comunicou as autoridades competentes, contribuindo diretamente para o desencadeamento da Operação Carta Marcada, deflagrada nesta quarta-feira, 9 de abril, pela Polícia Civil”, publicou o Goianésia.

No total, sete pessoas foram presas nos estados do Espírito Santo, Paraíba, Maranhão, Ceará e Pernambuco. Dessas prisões tinham um árbitro, um ex-presidente de clube, dois aliciadores e dois ex-jogadores. Além das pessoas presas, também foi cumprido outros nove mandados de busca e apreensão contra a organização criminosa.

Marco Antônio, presidente do Goianésia na época, ressaltou que ele iria receber o dinheiro para a equipe fraudar resultados do Campeonato Goiano. Vale destacar que além de dirigente do Azulão do Vale, ele também é delegado de polícia, porém por questões de imparcialidade e transparência, ele não conduziu as investigações e participou apenas como testemunha.

Segundo a Polícia Civil, a organização criminosa especializada em manipulação esportiva movimentou cerca de R$ 11 milhões, inclusive por meio de plataformas de apostas esportivas.