Dez anos depois do 7×1, confira lembranças e lições da maior derrota do Brasil em Copas

O último final de semana foi marcado por mais uma eliminação do Brasil em competições internacionais, na Copa América, quando foi eliminado pelo Uruguai. Já nesta segunda-feira, 8 de julho, completa dez anos de um dos momentos mais dolorosos e marcantes do futebol brasileiro: a derrota por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014.

No Mineirão, quase 60 mil pessoas viram um dos maiores vexames da história do Brasil em Copas do Mundo. Justamente na semifinal em casa, os brasileiros viram uma de suas paixões nacionais ruir diante dos alemães, com isso, o tão sonhado hexacampeonato em casa foi adiado.

No jogo, o time verde e amarelo, que era comandando por Felipão, teve um “apagão mortal”. Com isso, em apenas 29 minutos de jogo, a Alemanha já vencia por 5 a 0. Thomas Müller, Miroslav Klose, Toni Kroos (duas vezes) e Sami Khedira marcaram na primeira etapa. Com um placar inimaginável, os alemães tiraram o pé, mas mesmo assim ainda marcaram mais duas vezes com André Schürrle. O gol de honra do Brasil veio no final da partida, com Oscar.

Além do placar de 7 a 1, algumas falas ficaram marcadas na memória do torcedor brasileiro, principalmente do narrador Galvão Bueno. “Ih, lá vem mais! Olha a bola tocada… Virou passeio!” “E lá vêm eles de novo! Olha só que absurdo!”, foram algumas das falas do narrador durante a derrota. Outra fala marcante foi a de David Luiz ao final do jogo “ Eu só queria dar alegria pro meu povo”.

Após a partida, os jogadores da Alemanha falaram sobre o duelo e disseram que literalmente tiraram o pé. ”No intervalo, nós conversamos sobre continuar jogando apropriadamente e mostrando respeito. Todo mundo no time tomou aquela atitude no segundo tempo. Nós não queríamos nos exibir ou ridicularizar os adversários. Se acabou com uma vantagem maior, não era tudo o que queríamos. Nosso objetivo era mostrar respeito aos nossos rivais e aos fãs”, afirmou o capitão Philipp Lahm.

Considerado um dos melhores times do mundo, o vexame trouxe um choque de realidade para o futebol brasileiro. Com uma grande necessidade de reformulação, muitas coisas sofreram alterações, porém diversos erros dentro da CBF seguem se repetindo. No comando da entidade, 4 nomes já passaram e a maioria saiu por problemas com a justiça.

Na parte técnica, desde a saída de Felipão, outros 5 anos já passaram pela seleção brasileira: Dunga, Tite, Ramon Menezes (interino), Fernando Diniz (interino) e Dorival Júnior. Além de inúmeros jogadores que foram testados pelas comissões técnicas. Desde então, o único título de maior relevância que o Brasil conquistou foi em 2019, a Copa América.

Dez anos depois, a seleção brasileira busca reconquistar a confiança dos torcedores e retornar ao topo do futebol mundial. O episódio do 7×1, embora doloroso, é lembrado como uma lição valiosa para o time verde e amarelo. A esperança é que nos próximos anos o Brasil possa voltar a ser uma referência no futebol mundial.