A última dele

Galvão Bueno terá equipe diversa e inédita na Copa, sua despedida da Globo

Na emissora desde 1981, o narrador esteve presente em todas os Mundiais in loco desde então

Galvão Bueno. Foto: Divulgação SporTV

A Copa do Mundo do Catar irá marcar a despedida de Galvão Bueno do grupo de transmissão da Rede Globo. Na emissora desde 1981, o narrador esteve presente em todas os Mundiais in loco desde então – em 1978, pela Band, já havia trabalhado da Argentina na Copa. Para este ano, a emissora carioca anunciou que Galvão terá a seu lado um grupo de comentaristas inédito na Copa do Mundo.

Além do Maestro Júnior, que participa das transmissões de Copa do Mundo, Mundiais de Clube e Libertadores com o narrador há anos, Roque Júnior (campeão do mundo com a seleção brasileira em 2002) e Ana Thaís Matos completam o trio de comentaristas. Será a primeira vez que esse quarteto irá estar presente em uma transmissão de Copa do Mundo.

Todos estarão nas estruturas montadas pela TV Globo no Catar. Além disso, outro marco é o de Ana Thaís, a primeira mulher comentarista de jogos da seleção masculina de futebol na emissora. Roque Júnior já participou de outras transmissões de amistosos, mas em abril deste ano havia pedido demissão do grupo de comentaristas da emissora. O ex-jogador retorna ao Catar após ter parado para se dedicar aos estudos e trabalhar como gestor de futebol.

o longo de seus anos na Globo, Galvão contou com uma multiplicidade de comentaristas nas cabines da Copa do Mundo. Alguns pontuais, como Ronaldo Fenômeno (em 2014 e 2018) e Pelé (em 1994), outros com diversos Mundiais ao lado do narrador. Arnaldo Cesar Coelho e Casagrande, que deixaram a emissora nos últimos anos, trabalharam ao lado de Galvão pela última vez em 2018.

O ex-árbitro de futebol, que apitou a final da Copa do Mundo de 1982 na Espanha, entre Itália e Alemanha, se despediu da Rede Globo em novembro de 2018, mas teve sua aposentadoria anunciada antes do Mundial da Rússia. Já Casagrande, ex-jogador do Corinthians e da seleção brasileira, teve uma saída mais rápida: perdendo espaço no grupo de transmissão da emissora, deixou a Globo em maio deste ano, em comum acordo.

“Foram 22 anos ótimos na Globo, mas os três últimos já não sentia a mesma liberdade e paixão nas transmissões”, contou o comentarista, hoje no UOL e na Folha, em entrevista ao Estadão. “Chegou um momento em que conversei com a direção da Globo e chegamos, mutuamente, à decisão de que seguiria um novo caminho”

Além destes, Galvão narrará sua última Copa do Mundo sem a companhia de Marcos Uchôa e Tino Marcos, que o acompanharam como repórteres da campo nos últimos anos. Ambos deixaram a Globo após décadas na emissora – Uchôa inclusive chegou a se lançar como deputado federal pelo Rio, mas desistiu no último mês.