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Globo aguarda possível queda de Vasco ou Santos para renovar contrato da Série B do Brasileirão

Na visão da empresa, se Vasco ou Santos forem rebaixados, o valor do torneio seria maior do que no caso de o Bahia ser excluído da divisão de elite

Goleiro do Vasco, Léo Jardim, e arqueiro do Santos, João Paulo, discutindo durante duelo entre os clubes. Foto: Raul Baretta - Santos FC

A Globo vai aguardar o fim da primeira divisão da Série A do Campeonato Brasileiro, marcado para o próxima quarta-feira, dia 6, para iniciar conversas de renovação do contrato pela Série B do Brasileirão, a segunda divisão nacional.

O atual acordo terminou ao fim da edição deste ano, no último fim de semana, com o acesso de Vitória, Criciúma, Juventude e Atlético Goianiense para a primeira divisão.

Na visão da empresa, se Vasco ou Santos forem rebaixados, o valor do torneio seria maior do que no caso de o Bahia ser excluído da divisão de elite do futebol nacional, numa tabela proporcional ao tamanho da torcida dos times.

As quatro equipes com menor número de pontos acumulados ao longo do campeonato caem para a série B e, a duas rodadas do fim, três já estão matematicamente rebaixadas: América-MG, Coritiba e Goiás. Vasco e Santos são as que mais correm risco de juntarem-se a este trio.

A questão é que a ESPN está interessada no evento, mesmo sem essa definição ainda. A Brax, agência que tem os direitos de negociação da Série B até 2026, negocia para que o canal esportivo da Disney faça de dois a três jogos exclusivos por rodada em 2024.

A conversa está em bom andamento e a expectativa é de um acordo já em dezembro. O negócio com a Série B também envolve transmissões do Campeonato Carioca 2024, que também é da Brax, a partir de janeiro na ESPN e no Star+. A Globo está ciente das negociações.

A maior emissora do país entende que um acordo com o canal esportivo da Disney não inviabilizada um contrato futuro, já que a ideia é preencher a grade do SporTV e de fazer o pay-per-view no Premiere.

Pelo contrato fechado com a Brax neste ano, a agência garante o pagamento de uma cota de R$ 10 milhões aos clubes da Série B. Além dos direitos de TV, a empresa negocia outras propriedades e divide com os clubes.