Goiás notifica Atlético/MG por venda de volante Léo Sena
O esmeraldino é dono de 20% dos direitos econômicos do jogador
O Goiás notificou nesta terça-feira (15) o Atlético/MG e o Spezia, da Itália, por conta da negociação do volante Léo Sena. De acordo com o esmeraldino, a transação ocorreu sem o consentimento do clube, que possui 20% dos direitos econômicos do atleta formado na base alviverde.
Segundo a notificação, pelo contrato realizado entre Goiás Atlético/MG, em 2020, na venda do volante ao Galo, o esmeraldino teria direito de também participar da negociação envolvendo Léo Sena, fato que não ocorreu. “O Goiás terá direito de acesso a todos os documentos relativos à transferência, inclusive durante as negociações preliminares (propostas, correspondências etc.) e ainda terá direito a participar de todas as reuniões e contatos com o clube interessado em contratar o atleta”, destaca a notificação.
Na negociação atual, o Atlético/MG receberá R$ 8 milhões e 100 mil por 90% dos direitos do atleta e ainda ficará com 10% do passe do jogador. Desta quantia total, o Galo irá destinar 20% para o Goiás, porém, o alviverde não quer o valor financeiro, mas sim ficar com a porcentagem do atleta para possíveis vendas futuras.
“O Goiás não tem interesse em negociar, no presente momento, os seus 20% de direito referente aos direitos econômicos do Atleta, devendo permanecer com referido percentual mesmo com a transferência do atleta para o Spezia”, destaca o documento.
De acordo com o advogado do Goiás, João Vicente, o clube não tem interesse que a negociação seja desfeita, mas apenas resguardar o direito do Goiás. Segundo ele, os próximos passos dependerão de uma resposta do Atlético/MG e do Spenzia. “Os próximos passos serão analisando dependendo da resposta. O prazo razoável para a resposta é de 10 dias. Se em 10 dias não tivermos resposta, ou uma resposta não satisfatória, seguimos”, comentou João Vicente.
Caso a resposta não seja positiva para o Goiás, o clube deve seguir para a Corte Arbitral do Esporte da Fifa e o clube tem embasamento para tal decisão. Em 2019, o Palmeiras teve de indenizar a LDU em um caso parecido com o do clube alviverde e o Atlético/MG.