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Goleiro atingido por bala de borracha concede entrevista; veja o vídeo

O goleiro Ramon Souza foi atendido imediatamente na UTI móvel que estava presente no estádio Jonas Duarte

Goleiro Ramon Souza na maca da ambulância
Goleiro Ramon Souza na maca da ambulância após ser atingido por um disparo. Foto: Vinicius Canuto

O goleiro Ramon Souza, atingido por uma bala de borrada disparada por um policial militar (PM) em Goiás, se tornou alvo de uma cobertura nacional após o fim do jogo da noite desta última quarta-feira (10/7). O jogador, que pertence ao Aparecidense e está emprestado ao Grêmio Anápolis, foi alvejado na perna após a partida do seu clube diante do Centro Oeste, pela Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. O atleta, porém, não corre riscos.

O goleiro Ramon Souza foi atendido imediatamente na UTI móvel que estava presente no estádio Jonas Duarte. O atleta agora seguirá recebendo atendimento médico nos próximos dias em que sua evolução será observada. O jogador não possui risco de morrer e nem de amputação da perna, já que nenhum vaso sanguíneo grande do membro foi atingido. Apesar disso, o entorno do local sofreu uma queimadura de terceiro grau.

“Já estava apaziguando quando os policiais chegaram e aí aconteceu o fato do policial tomar uma atitude precipitada. Ele empurrou um dos nossos atletas e apontou a arma em direção ao rosto dele, foi o momento que eu vi e pedi para ele abaixar a arma. Ele mandou eu ir para trás e quando eu dei o passo para trás, ele efetuou o disparo”, disse o goleiro Ramon Souza.

Goleiro baleado por PM presta depoimento

Na manhã desta quinta-feira (11), o goleiro Ramon Souza se dirigiu à Central de Flagrantes de Anápolis, para prestar depoimento. O jogador ainda não possui previsão para voltar aos treinamentos e seguirá sob supervisão médica nos próximos dias. De acordo com o próprio atleta, ele não deve ter condição de participar das últimas rodadas da Divisão de Acesso.

“Eu olhei né (para a perna), porque a gente é profissional do futebol, a gente usa o nosso corpo como instrumento de trabalho. Na hora eu desesperei um pouco. A gente fica abalado psicologicamente com a situação. Foi uma discussão normal de jogo, mas não pensei em nenhum momento que chegaria a esse ponto”, completou Ramon Souza.