Governo chinês proíbe tatuagens em jogadores convocados para seleção de futebol
Segundo o comunicado, os treinadores das equipes de base estão proibidos de convocar jogadores com tatuagens
Os jogadores convocados para a seleção chinesa de futebol não poderão ter tatuagens no corpo. Aqueles que já as possuem terão de removê-las, segundo informações da AFP.
A medida, determinada pelo governo do país, tem como objetivo declarado conter hábitos considerados “vulgares” entre os jovens.
É a última medida tomada pelos políticos da China contra o que consideram influências externas sobre a juventude. Nos últimos meses, têm sido tomadas medidas contra jogos online e programas de TV considerados ocidentais, como reality shows.
A determinação aos atletas de futebol foi publicada pelo Ministério dos Esportes na última terça-feira (28) e fala em “proibição formal de fazer novas tatuagens”.
“Aqueles que já têm tatuagens são aconselhados a apagá-las. No caso de circunstâncias particulares, as tatuagens devem ser cobertas durante treinos e competições”, diz o comunicado.
Os treinadores das equipes de base estão proibidos de convocar jogadores tatuados. As pinturas no corpo são hábitos mal vistos em boa parte da sociedade chinesa.
Houve casos de jogadores enviados a campos militares onde poderiam receber orientações de cunho marxista.
A China está na disputa das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, mas tem pequenas chances de classificação. A equipe tem cinco pontos conquistados após seis rodadas e está na 5ª posição no Grupo B. Para pelo menos ir para a repescagem, precisa terminar em terceiro, posição ocupada pela Austrália, que tem 11 pontos.
A única participação da China no Mundial aconteceu em 2002, quando foi eliminada na fase de grupos ao perder todos os jogos.