Gritos homofóbicos vão provocar suspensões de cinco anos em estádios do México
Torcedores no México poderão receber banimento dos estádios de futebol por cinco anos se ficar…
Torcedores no México poderão receber banimento dos estádios de futebol por cinco anos se ficar comprovado que participaram de gritos homofóbicos. A decisão foi tomada pela FMF (Federação Mexicana de Futebol) e anunciada na segunda-feira (17).
A medida é uma tentativa da entidade de acabar com os cânticos de “bicha” contra o goleiro adversário nas cobranças de tiros de meta. Por causa disso, nos últimos anos, a Fifa multou várias vezes a FMF em partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo realizadas no Estádio Azteca. Há a ameaça de novas sanções.
Os torcedores punidos ficarão proibidos de frequentar partidas de futebol no país. Não está claro como a suspensão será implantada.
Outras expressões consideradas homofóbicas vão levar à mesma punição.
As transmissões dos jogos do México pela TV fizeram com que os gritos homofóbicos nos tiros de meta fossem exportados para outros países da América Latina. Inclusive para o Brasil, o que provocou novas multas da Fifa. O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu em 2019 que clubes podem ser punidos com a perda de três pontos caso sua torcida pratique atos discriminatórios.
A FMF também pretende realizar o cadastro online de todos os torcedores que quiserem comprar ingressos e melhorar a experiência de quem vai ao estádio por meio de outras opções de entretenimento.
As novas medidas serão testadas nas duas próximas rodadas das Eliminatórias da Concacaf. O México vai receber a Costa Rica no próximo dia 30 e o Panamá em 2 de fevereiro.
Essas partidas seriam realizadas com portões fechados por causa de punições da Fifa justamente pela homofobia, mas a FMF apelou à Corte de Arbitragem de Esporte e conseguiu liberação para 2.000 pessoas no Estádio Azteca. Assim, a nova regra pode ser implementada.
A federação já seguia o protocolo de três passos recomendado para casos de discriminação: interromper a partida para que o sistema de alto-falantes avise os torcedores de que os gritos são proibidos; se continuam, voltar a paralisar o confronto e levar os jogadores para os vestiários; e, por fim, abandonar o jogo.
A liga do país já havia colocado em prática a campanha “Grita México” também para erradicar os gritos homofóbicos dos estádios.