Ainda faltam três provas para o término da temporada da Fórmula 1, sendo que a primeira delas será neste domingo, no circuito de Austin, palco do GP dos Estados Unidos, mas Lewis Hamilton já exibiu incômodo com o fato de que a última corrida do Mundial, em Abu Dabi, contar com a inédita regra de pontuação dobrada para os pilotos.
Na primeira entrevista coletiva que concedeu em solo norte-americano, o piloto da Mercedes deixou claro nas entrelinhas que não considera adequada a ideia promovida pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para a prova marcada para o dia 23 de novembro.
Ao ser questionado sobre o risco de perder o título do campeonato para o alemão Nico Rosberg, seu companheiro de equipe por causa da regra da pontuação dobrada, o inglês respondeu: “Eu acho que a questão é ‘o que é justo?’. Essa é uma regra que eles trouxeram pela primeira vez. Se eu concordo com isso? Eu não sei se algum de nós (pilotos) concorda com isso ou se não concorda com isso, mas é desta forma e você tem de lidar com isso e esperar o melhor realmente”.
Em seguida, Hamilton disse que “seria um saco” perder o campeonato caso Rosberg seja beneficiado por esta nova regra, mas destacou que “não levará essa energia negativa para lá”. Para completar, ele aconselhou que essa novidade seja abolida dos próximos campeonatos da F1. “Eu vou tentar fazer o melhor trabalho possível com o carro que tenho e o que tiver de ser, será. Para o futuro, eu não aconselharia o dobro de pontos”, enfatizou.
Hamilton chega ao GP dos Estados Unidos com 17 pontos de vantagem sobre Rosberg, mas a regra da pontuação dobrada faz com que 100 pontos estejam em disputa no total das três últimas provas, e não os 75 habitualmente possíveis em caso de três vitórias.