Hulk decide, Éverson pega 3 pênaltis, Atlético-MG bate Flamengo e ganha Supercopa
Além de Éverson, Hulk também brilhou com três gols, duas nas cobranças de pênalti e uma no tempo normal para empatar a final em 2 a 2.
O Atlético, por sua vez, aumenta sua galeria de troféus, que aumentou significativamente na temporada passada com as conquistas do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil, do Brasileirão, e, agora, da Supercopa do Brasil. Além de Éverson, Hulk também brilhou com três gols, duas nas cobranças de pênalti e uma no tempo normal para empatar a final em 2 a 2.
Os nervos esquentaram nos bastidores antes da decisão. O Atlético-MG criticou muito a escolha do local e não gostou de ter que disputar o torneio por ter sido campeão da Copa do Brasil e do Brasileirão. O time alvinegro entendia que já era para ser condecorado com o título e indicou um favorecimento da CBF ao Flamengo, muito por jogar em Cuiabá, onde tem muitos torcedores rubro-negros.
Fora de campo, muitos torcedores do Flamengo precisaram tirar a camisa e abandoná-la para entrar no estádio, pois compraram ingressos destinados aos atleticanos. Muitas mulheres tiveram que ficar apenas de sutiã, inclusive menores de idade, para conseguir acompanhar o jogo, caso contrário, não entrariam, conforme estipulado pela polícia. A outra opção seria desistir do duelo.
Os dois times sofreram com problemas de lesão para o duelo. Do lado do Flamengo, os zagueiros Rodrigo Caio e Gustavo Henrique foram vetados, mas Paulo Sousa pôde enfim utilizar o trio formado por Arrascaeta, Gabriel Barbosa e Bruno Henrique. Pelo Atlético, Zaracho não participou da final e a aposta foi em Savarino.
Embalado por seus torcedores, em maioria na Arena Pantanal, o Flamengo entrou em campo mais pilhado, assim como seu treinador, que gesticulou muito da beira de campo. Em 15 segundos, o clube rubro-negro perdeu uma oportunidade com Bruno Henrique. O atacante não conseguiu dominar o cruzamento de Fabrício Bruno que o deixaria de frente para o gol.
O Flamengo anulava Hulk e envolvia o time do Atlético. As chances foram surgindo com o tempo. Gabriel recebeu de Arrascaeta pela esquerda e deu um carrinho, sem conseguir finalizar. A bola ficou viva dentro da área até Mariano afastar o perigo. A pressão continuou e Fabrício Bruno mandou de cabeça rente à trave.
A parada técnica esfriou o Flamengo, que, em um momento de pouca atenção, levou o gol. Aos 41 minutos, Guilherme Arana, um dos jogadores observados por Tite, arriscou de longe. Hugo, aposta de Paulo Sousa – Diego Alves ficou no banco de reservas -, falhou e deu a bola de presente para Nacho Fernández, que só empurrou.
No segundo tempo, Filipe Luís começou a jogar mais como um terceiro zagueiro do que na lateral, liberando os jogadores de meio, assim como Rodinei pela direita. E em ótimo lançamento do camisa 16, Arrascaeta recebeu pela esquerda, deu um leve toque por cobertura na cabeça de Bruno Henrique, que exigiu grande defesa de Éverson. Na sobra, Gabriel empatou.
A comemoração foi de quem tirou um peso nas costas. Gabriel gritou muito, pegou uma placa da arquibancada e acabou levando o cartão amarelo. Após o gol, Paulo Sousa colocou o Flamengo ainda mais para o ataque e, apesar de ter nomes como Marinho e Pedro no banco de reservas, colocou Lázaro no lugar de Éverton Ribeiro
E a estrela estava ao lado do novo técnico do Flamengo. Aos 18 minutos, Arrascaeta desafogou a defesa do Flamengo e rolou para Lázaro. A jovem promessa avançou e deu bela assistência para Bruno Henrique, que deu um leve toque por cima de Éverson para virar o duelo. O Atlético tentou uma reação imediata, mas Hugo se recuperou da falha no primeiro tempo para fazer duas grandes defesas.
Se Paulo Sousa mostrou estrela, Antonio Mohamed não quis deixar por menos. Ademir e Vargas entraram no jogo e fizeram a jogada que terminou com Hulk fuzilando Hugo e empatando o duelo, aos 29 minutos. Precisando responder dentro de campo, o treinador flamenguista apostou na velocidade de Vitinho e optou por não utilizar nomes como Marinho e Pedro.
Com as substituições, o Flamengo foi para cima e perdeu grande oportunidade de ganhar o duelo com Lázaro. O atacante parou em Guilherme Arana, que salvou em cima da linha. Com isso, a partida acabou indo para os pênaltis.
Nas cobranças, Hulk começou batendo e abriu a contagem. Marcaram também, nesta ordem: Lázaro, Nacho Fernández, Vitinho, Ademir, Diego, Guilherme Arana, David Luiz, Vargas e Gabriel. Nas alternadas, Guga, que entrou apenas para bater o pênalti, parou em Hugo. Willian Arão teve a chance de dar o título para o Flamengo, mas chutou no peito de Éverson. Jair recolocou o Atlético na frente e João Gomes deixou tudo igual.
As cobranças seguiram. Éverson chamou a responsabilidade e isolou, mas o goleiro resolveu se recuperar ao defender o chute de Matheuzinho, que ainda tocou no travessão. Na sequência, Nathan Silva fez e jogou a pressão em cima de Léo Pereira, que deixou tudo igual. A situação se inverteu, Mariano chutou fraco e facilitou a vida de Hugo. Mas Fabrício Bruno jogou para fora. Godín e Hugo também desperdiçaram suas cobranças, e recomeçou tudo novamente.
Coube a Hulk recolocar o Atlético-MG na linha ao fazer o seu segundo. O Flamengo escolheu Vitinho, e o atacante parou em nova defesa de Éverson, que deu o título da Supercopa do Brasil para o time mineiro.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 2 (8 ) X (7 ) 2 FLAMENGO
ATLÉTICO-MG – Everson; Mariano, Nathan Silva, Godín e Guilherme Arana; Jair, Allan (Guga) e Nacho Fernández; Savarino (Ademir), Keno (Vargas) e Hulk. Técnico: Antonio Mohamed.
FLAMENGO – Hugo; Rodinei (Matheuzinho), Fabrício Bruno, David Luiz e Filipe Luís (Léo Pereira); João Gomes, Willian Arão, Arrascaeta (Vitinho) e Everton Ribeiro (Lázaro); Bruno Henrique (Diego) e Gabigol. Técnico: Paulo Sousa.
GOLS – Nacho Fernández, aos 41 minutos do primeiro tempo. Gabriel Barbosa, aos 10, Bruno Henrique, aos 18, e Hulk, aos 28 do segundo.
ÁRBITRO – Anderson Daronco (RS).
CARTÕES AMARELOS – Jair, Mariano e Nathan Silva (Atlético); David Luiz, Gabigol e João Gomes (Flamengo).
RENDA – R$ 3.884.100,00.
PÚBLICO – 32.028 pagantes.
LOCAL – Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).