Futebol Feminino

Jogadora do Orlando conta saga e angústia de brasileiras com furacão Milton

O elenco do Orlando Pride, da Rainha Marta, precisou viajar às pressas e com vários dias de antecedência para evitar o furacão

Angelina durante treinamento com a Seleção Brasileira. Foto: Thais Magalhães - CBF

LIVIA CAMILLO
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Angelina, meio-campista do Orlando Pride e da seleção, relatou o drama vivido pelas companheiras de clube antes e durante a passagem do furacão Milton pela Flórida, nos Estados Unidos.

O elenco do Orlando Pride, da Rainha Marta, precisou viajar às pressas e com vários dias de antecedência para evitar o furacão. A equipe enfrentará o Portland Thorns nesta sexta-feira (11), às 23h (de Brasília), no Estádio Providence Park, pela NWSL, principal liga do futebol feminino estadunidense.

“Fomos alertadas no sábado passado, um dia antes do jogo contra o Washington Spirit. Até então era categoria 3 chegando em Tampa, que fica a 2h30 de onde moramos. Quando chegasse em Orlando, estaria na categoria 1. Mas, em dois dias, a notícia foi mudando rápido, categoria 4, 5. Foi um pouco assustador para a gente”, Angelina

“Nossa saída estava programada para terça, mas antecipamos o voo para segunda por conta do furacão que estava previsto para quarta. Algumas meninas têm familiares na Flórida, então foi um pouquinho tenso. Graças a Deus não foi muito perigoso quando chegou lá, tiveram galhos, árvores despedaçadas pela rua e falta de luz, apenas isso. Ninguém se machucou”, completou.

Apesar de a cidade de Orlando ter sentido menos os efeitos da natureza, o furacão deixou um rastro de destruição na costa oeste da Flórida. Foram muitos os prejuízos registrados em residências e comércios.

“Nunca tinha passado por isso. A gente teve um recente, o furacão Helene, mas não passou pela gente ali em Orlando, foi só uma ventania um pouquinho mais forte. Então, assim, em menos de duas semanas ou três semanas é um pouquinho assustador para a gente que nunca passou por isso, principalmente para nós, brasileiras”, Angelina.

Com a passagem do furacão, o psicológico das jogadoras está abalado, principalmente pelas 12 mortes registradas pelas autoridades do estado. Por enquanto, a NWSL segue normalmente.

A programação segue normal, acho que por Orlando não ter sido tão afetada também. Ficamos tristes, porque ali em Tampa, no litoral, foi mais atingido. Teve muito alagamento, casas destruídas. E as meninas conhecem o pessoal daquela área.

O Orlando Pride e outras equipes norte-americanas realizaram campanhas de arrecadação de recursos ao longo de toda a semana, a fim de ajudar a abastecer abrigos e colaborar no envio de mantimentos para as cidades mais afetadas.