BOXE

Keno Marley Machado perde final e fica com a prata no Mundial de boxe

Keno Marley foi derrotado na final pelo atleta do Azerbaijão, Loren Alfonso Dominguez

Keno Marley levanta a mão durante luta no mundial de Boxe. Foto: Divulgação - CBBoxe

O brasileiro Keno Marley Machado, 21, ficou com a medalha de prata no Mundial masculino de boxe, realizado na Sérvia. Nesta sexta-feira (5), o baiano de Sapeaçu foi derrotado na decisão da categoria até 86 kg por Loren Alfonso Dominguez, do Azerbaijão.

Dominguez, cubano naturalizado azeri, levou a melhor por pontos na avaliação dividida dos juízes (3 a 2). Antes da decisão, Keno, nome promissor do país para os Jogos de Paris-2024, venceu quatro oponentes por unanimidade.

No Mundial masculino, o único ouro do Brasil continua sendo o de Everton Lopes em 2011. A última prata havia sido com Robson Conceição, em 2013. Beatriz Ferreira é a responsável pelo título mundial mais recente do país independentemente do gênero, em 2019.

O resultado de Keno vem na sequência de uma ótima participação do boxe brasileiro nas Olimpíadas de Tóquio, com três medalhas. No Japão, Hebert Conceição (75 kg) foi ouro, Bia Ferreira (60 kg) prata e Abner Teixeira (91 kg) bronze.

Keno ficou a uma luta da medalha olímpica na categoria 81 kg (não foi disputada a 86 kg), com a eliminação nas quartas de final. Dominguez levou o bronze na ocasião.

Hebert não foi ao Mundial de Belgrado, segundo a Confederação Brasileira de Boxe para se recuperar de uma lesão na mão. Ele avalia sua entrada no boxe profissional. Já Abner acabou eliminado logo na estreia.

Na Sérvia, Wanderson Oliveira (67kg) e Michael Douglas (54 kg) ficaram a uma vitória da medalha, mas pararam nas quartas de final.

O Mundial deste ano é encarado pela federação internacional de boxe amador (Aiba) como uma tentativa de limpar sua imagem após denúncias de corrupção e má gestão que a impediram de organizar a competição em Tóquio-2020.
O esporte segue ameaçado de ser excluído do programa olímpico em Paris-2024.

A competição em Belgrado contou com o simbolismo do uso de luvas brancas pelos dois competidores (em vez das habituais azul e vermelha) e uma premiação expressiva. A medalha de ouro valeu US$ 100 mil, a de prata, US$ 50 mil, e as de bronze, US$ 25 mil.