Mariana Silva mostra raça, mas fica sem a medalha de bronze no judô
Aos 26 anos, Mariana iniciou sua trajetória em uma associação para crianças carentes em Peruíbe, no litoral paulista.
Mariana Silva entrou para a disputa da categoria até 63 kg do judô sem estar entre as favoritas. Ela foi surpreendendo suas adversárias nos Jogos do Rio e chegou bem perto do bronze. Mas no combate que valia a medalha, ela perdeu para Anicka van Emden da Holanda, e ficou fora do pódio na Olimpíada.
Aos 26 anos, Mariana iniciou sua trajetória em uma associação para crianças carentes em Peruíbe, no litoral paulista. Quando tinha apenas 15 anos, recebeu um convite e chegou a morar cinco anos no Japão, estudando e praticando judô. Também participou do projeto do ex-campeão olímpico Rogério Sampaio, medalha de ouro nos Jogos de Barcelona, em 1992. Ela sempre foi uma aposta de futuro dos treinadores.
No Rio, em sua primeira luta na competição, Mariana ganhou por ippon de Szandra Szogedi, de Gana. Ela aplicou um okuri-eri-jime em menos de um minuto de combate e avançou. Na sequência, encarou a alemã Martyna Trajdos, número 4 do mundo, e venceu por vantagem no número de punições.
Nas quartas de final, Mariana surpreendeu a israelense Yarden Gerbi, quinta do ranking. O duelo foi equilibrado e o tempo normal terminou sem pontuação. As duas foram para o golden score e a brasileira, a 1min58s de luta, acertou um ippon-seoi-nage, o yuko foi computado e ela garantiu a vaga para a semifinal.
Já na semifinal, que poderia classificar a lutadora para a decisão da categoria, Mariana sofreu um tate-shiho-gatame e perdeu por ippon para Tina Trstenjak, da Eslovênia, aos 3min39s de luta, dando adeus à possibilidade de repetir a façanha de Rafaela Silva do dia anterior.
Até agora, oito lutadores brasileiros já entraram no tatame e o país computa uma medalha, o ouro de Rafaela Silva. Os outros atletas que tentaram, mas não chegaram ao pódio, foram Sarah Menezes, Felipe Kitadai, Erika Miranda, Charles Chibana, Alex Pombo e Victor Penalber.