Judô

Mayra Aguiar enfrentará líder do ranking mundial em estreia em Paris 2024

Mayra adotou uma estratégia ousada de se esconder das rivais nos últimos meses e não luta desde dezembro do ano passado

Mayra Aguiar com premiação conquista nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Foto: Júlio César Guimarães - COB

DEMÉTRIO VECCHIOLI
PARIS, None (UOL/FOLHAPRESS) – O Brasil não deu sorte no sorteio das chaves femininas no judô. As duas principais candidatas à medalha de ouro, Rafaela Silva e Mayra Aguiar, terão chaves que não são favoráveis.

Mayra adotou uma estratégia ousada de se esconder das rivais nos últimos meses e não luta desde dezembro do ano passado.

Com isso, sua posição no ranking caiu a ponto de não ser cabeça de chave. Aí, ficou dependente da sorte, que não veio.

Mayra encara logo na estreia a italiana Alice Bellandi, líder do ranking mundial, uma rival que ela nunca venceu nos três confrontos realizados até aqui.

Já Rafaela Silva fica de bye na primeira rodada e terá pela frente uma chinesa ou uma atleta do Turcomenistão na segunda fase, e depois possivelmente a georgiana Eteri Liparteliani. O problema é que o cruzamento semifinal é contra Mimi Huh, coreana, a quem nunca venceu em quatro confrontos.

Natasha Ferreira também terá uma “pedreira” pela frente e estreará contra a japonesa Natsumi Tsunoda, que não perde uma luta desde 2022.

RAFAEL SILVA “ESCAPA” DE TEDDY RINER

No masculino, Rafael Silva encara logo na estreia o azeri Ushangi Kokauri, que o derrotou nas últimas duas lutas. Se avançar, pode ter pela frente o líder do ranking mundial, o sul-coreano MinJong Kim, já nas quartas de final. Teddy Riner, astro da modalidade, só será um possível adversário em eventual final ou na decisão do bronze.

Daniel Cargnin, bronze em Tóquio, teve mais sorte no chaveamento. Ele estreia contra Akil Gjakova, de Kosovo, e o principal nome do quadrante dele, até as quartas de final, é o italiano Manuel Lombardo, contra quem tem histórico positivo, de três vitórias em quatro lutas. O problema é que Gjakova o venceu na única vez em que se encontraram, no Masters.

Também candidato à medalha, Guilherme Schmidt, que é quarto do mundo em sua categoria, tem duas lutas acessíveis antes de um possível confronto contra François Gauthier Drapeau, do Canadá. Os dois fizeram a final do Campeonato Pan-Americano, em abril, com ouro brasileiro.