Série A

Melhor visitante, São Paulo vence ‘freguês’ Cruzeiro e segue na cola do Flamengo

Tricolor conquistou 9 pontos dos 12 que disputou contra candidatos ao título brasileiro: Flamengo, Corinthians, Grêmio e Cruzeiro

O São Paulo confirmou seu grande momento no Campeonato Brasileiro com uma vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, no Mineirão, neste domingo (29). Dos 12 pontos que disputou contra candidatos ao título brasileiro (Flamengo, Corinthians, Grêmio e Cruzeiro), o time conseguiu nove. Foram três vitórias e uma derrota, exatamente para o time gaúcho na última rodada. Com isso, a equipe se recupera da queda no Sul e continua sua perseguição ao líder Flamengo, que venceu o Sport por 4 a 1 no Maracanã, também neste domingo.

O São Paulo é o melhor visitante do torneio. Além disso, o time confirma a vantagem histórica nos confrontos contra o Cruzeiro. Ao todo, os times já se enfrentaram 83 vezes, de acordo com as estatísticas do clube paulista. Foram 41 vitórias, 21 empates e 21 derrotas. Ou seja, os são-paulinos somam quase o dobro de triunfos que os cruzeirenses.

Na tabela do Brasileirão, o São Paulo chegou aos 32 pontos, a dois do líder Flamengo. Já o Cruzeiro, que soma sua segunda derrota seguida no torneio (perdeu para o Corinthians no meio de semana), estacionou nos 24 pontos, ainda próximo dos primeiros colocados na tabela.

Neste domingo, os dois times tiveram de administrar vários desfalques. O técnico Diego Aguirre não teve três peças: Arboleda, Militão e Hudson, todos suspensos. Com isso, escalou Araruna na lateral-direita, deixando Bruno Peres, novo contratado, do lado de fora por questões físicas. No meio, escalou Luan Santos, outro jogador revelado na base. Na zaga, continuou o rodízio de zagueiros e começou com Bruno Alves e Anderson Martins. Com isso, foi a quarta escalação diferente que o time utilizou nos quatro jogos após a parada da Copa do Mundo.

Sem Thiago Neves e Robinho, o Cruzeiro apostou em Mancuello na armação das jogadas. O técnico Mano Menezes vem aproveitando todo o elenco e realizando um rodízio para manter o clube vivo no Brasileirão, na Copa do Brasil e na Copa Libertadores.

As alterações não prejudicaram o entrosamento das equipes. Jogo movimentado, lá e cá. O Cruzeiro foi mais incisivo e conseguiu tramar jogadas na intermediária do São Paulo, que, por sua vez, apostava nos contra-ataques. O time paulista sofreu com a pressão do adversário, que ficava perigosamente com mais tempo de posse de bola, mas conseguiu aproveitar a primeira grande chance que teve. Após grande lançamento de Reinaldo, o equatoriano Joao Rojas fez grande jogada, tabelou com Nenê e cruzou para Diego Souza marcar. Aos 26 minutos, ele marcou seu sexto gol no Campeonato Brasileiro.

A defesa do São Paulo, principalmente com Sidão, mostrou-se vulnerável. O goleiro errou duas saídas de bola que deixaram um clima de insegurança na zaga. O Cruzeiro explorava a troca de passes na entrada de área, mas não conseguia finalizar.

O goleiro do São Paulo conseguiu compensar as saídas erradas com uma grande defesa no início do segundo tempo após chute de Arrascaeta na pequena área. O técnico Mano Menezes continuou com postura ofensiva nas substituições. Quando colocou Raniel no lugar de Mancuello, ele decidiu apostar ainda mais no jogo aéreo colocando praticamente dois centroavantes. Aguirre respondeu tentando segurar o resultado: tirou Nenê e escalou Bruno Peres, que fez sua estreia. Com isso, montou um trio de volantes para proteger a zaga. Aos 21 minutos, Barcos tocou de calcanhar e Arrascaeta chutou rasteiro para fora.

A estratégia de Aguirre não funcionou e o Cruzeiro continuou próximo do empate. Aos 27, Arrascaeta foi derrubado por Anderson Martins na área. Pênalti. Na batida, Barcos acertou o travessão. A exemplo do que havia acontecido no primeiro tempo, o São Paulo foi cirúrgico ao aproveitar a única chance que teve. Em outra grande contra-ataque, Reinaldo achou Everton sozinho para fazer o segundo gol e calar o Mineirão.

FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 0 x 2 SÃO PAULO

CRUZEIRO – Fábio; Edilson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique, Ariel Cabral, Rafinha (David), Mancuello (Raniel) e Arrascaeta; Barcos Técnico: Mano Menezes.

SÃO PAULO – Sidão; Araruna (Shaylon), Bruno Alves, Anderson Martins e Reinaldo; Luan Santos (Lucas Kal), Liziero e Nenê (Bruno Peres); Rojas, Everton e Diego Souza. Técnico: Diego Aguirre.

GOLS – Diego Souza, aos 26 minutos do primeiro tempo. Everton, aos 31 minutos do segundo tempo.

LOCAL – Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG). ÁRBITRO – Wagner do Nascimento Magalhães (RJ). PÚBLICO – 21.566 pagantes. RENDA – R$ 641.978,00.