Craque

Messi declara amor à seleção argentina, mas descarta favoritismo na Copa América

O camisa 10 aproveitou para relembrar a Copa do Mundo no Brasil e a frustração por ter perdido a decisão para a Alemanha

Ao mesmo tempo em que declarou o seu amor pela seleção da Argentina, Lionel Messi descartou o time no qual é o capitão como um dos favoritos para a Copa América no Brasil. “Vamos com a mesma esperança e vontade de sempre, mas a realidade é que a Argentina está passando por um processo de renovação. Para a maioria é a primeira competição oficial. Mas isso não impede que a Argentina vá buscar a Copa. Não somos candidatos como outras vezes”, afirmou, nesta quarta-feira, em entrevista ao canal argentino TyC Sports.

O craque analisou os adversários da Argentina na primeira fase. “Colômbia é um rival difícil, Paraguai tem um grandíssimo técnico (o colombiano Juan Carlos Osorio), que seguramente não vai nos deixar jogar, e depois está o Catar, que não sei como poderá chegar, mas vem de ser campeão (asiático)”, afirmou.

O camisa 10 aproveitou para relembrar a Copa do Mundo no Brasil e a frustração por ter perdido a decisão para a Alemanha. “Ficamos tão perto em 2014. Foi terrível. Merecíamos ter ganho aquela Copa. Estávamos no ponto certo. Foi o momento máximo de toda aquela geração. É o maior sonho que me falta cumprir. Será o máximo (ser campeão mundial)”, afirmou o argentino, que não pensa ainda no Mundial do Catar, em 2022. “Eu não penso muito além do que tenho perto de mim. Eu vivo mais o dia a dia”.

Messi falou também de seu jeito retraído diante da função de capitão da seleção argentina. “Não sou de falar muito. Cada um sabe da importância da partida que vai jogar e o que precisa fazer. Não é preciso uma motivação a mais. No Barcelona não se faz isso, que é comum aqui nos clubes argentinos. Eu sou capitão do meu jeito. Eu fui formado fora do país, eu tenho outro hábito”, disse.

O astro revelou o seu método para que a AFA (Associação de Futebol Argentino) acompanhasse seu desempenho nos primeiros anos de Barcelona, quando ainda era das categorias de base. “Em nenhum momento hesitei se queria jogar pela Argentina ou não. Nós enviamos vídeos e coisas minhas para que me conhecessem aqui (na Argentina) e ter a possibilidade de ser visto. Fizemos de tudo”, revelou.

Descontraído, Messi também falou da dificuldade cada vez maior de deixar a família por causa de constantes viagens e concentrações. E aproveitou para falar das características dos filhos. “Mateo (de três anos) me olha e me desafia. E no fim acabo rindo porque ele tem uma cara de safado. Ele fica me olhando, desafiando. Ciro (um ano) é muito pequeno. E Thiago (seis anos), não, se diz as coisas uma vez e acabou”, disse a estrela argentina.

“Mateo está perto da TV e grita gols do Real Madrid para fazer o irmão se irritar. Se faz de torcedor do Real Madrid. Uma vez, jogávamos em casa e me dizia ‘eu sou do Liverpool, que ganhou de vocês!’. Com o Valencia também: ‘O Valencia ganhou, sou do Valencia’, contou Messi, bem-humorado.

Messi participou, nesta quarta-feira, do nono treino da Argentina na preparação para a estreia na Copa América daqui a 10 dias diante da Colômbia. Antes, o time do técnico Lionel Scaloni fará um amistoso nesta sexta-feira contra a Nicarágua. O atacante Sergio “Kun” Aguero voltou a treinar separado do grupo, pois se recupera de uma lesão no joelho esquerdo.

A Argentina está no Grupo B da Copa América. O primeiro duelo contra a Colômbia é no dia 15. Dia 19, será a vez de encarar o Paraguai, enquanto que o confronto contra o Catar está previsto para o dia 23. Os argentinos não conquistam um título desde a Copa América de 1993.