Ministério Público recomenda que estádios de Catalão, Jaraguá e Goianésia não recebam jogos
São necessários laudos conclusivos de engenharia, entre outros, para assegurar segurança do torcedor
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) recomendou à Federação Goiana de Futebol (FGF) que não sejam disputadas partidas do Campeonato Goiano 2020 nos estádios que não se apresentaram pareceres conclusivos de engenharia civil, engenharia elétrica, acessibilidade e conforto. Os alvos são os estádios Estádios Genervino da Fonseca (Catalão), dr. Amintas de Freitas (Jaraguá) e Valdeir José de Oliveira (Goianésia).
Apesar de os laudos dos clubes estarem válidos, o Ministério Público entende que são necessários laudos conclusivos para assegurar a segurança do público. O promotor Diego Osório da Silva Cordeiro argumenta que o Estatuto do Torcedor estabelece normas de proteção e defesa do público para assegurar a prevenção da violência, a segurança nos estádios e a defesa dos direitos do torcedor consumidor.
O MP diz ainda que foi feito um Termo de Ajustamento de Conduta com o Clube Recreativo Atlético Catalano (Crac) para adequações das instalações físicas do estádio, que é casa do clube, mas “os compromissos assumidos não foram ainda comprovados”.
Adequações
O prazo dado pelo órgão para adequação é de 10 dias a partir da data da notificação, ou seja, a partir da última quinta-feira (27). Assim, em tese, os jogos do próximo domingo (1) não seriam afetados pela recomendação de não realização de jogos nos estádios notificados.
O presidente do Goianésia, Marco Antônio Zenaide, afirma que tem todos os laudos emitidos pelos bombeiros e vigilância sanitária. No entanto, falta um de engenharia, que ele não soube precisar qual seria. “Se é uma exigência que melhore a segurança do torcedor, vamos atender. Estamos juntos com a Federação e o outros clubes para regularizar nossa situação. Até segunda-feira (2/3), no máximo, devemos resolver”, afirma.
O presidente do Crac de Catalão, Roberto Antônio da Silva, diz que o clube está em dias com as solicitações e têm liberação do estádio para jogos até 2021. No entanto, ele ainda tenta contato com o presidente da federação para ficar a par da recomendação do Ministério Público. “Minha preocupação é com o jogo de domingo (1°/3). A Federação que tem que resolver isso, do lado do clube já foi tudo entregue”, aponta.
A reportagem tentou contato com os presidentes do Goianésia, Silvano de Oliveira, e da Federação, André Pitta, mas não obteve sucesso até o fechamento. O canal está aberto para a livre manifestação de ambos.