Motivado após a Davis, Bellucci mira retorno ao Top 50
Herói do confronto, por vencer suas duas partidas no Ginásio do Ibirapuera, o número 1 do Brasil resgata motivação para enfrentar desafios mais complicados no circuito
A grande vitória sobre a Espanha na Copa Davis no fim de semana renovou a confiança de Thomaz Bellucci. Herói do confronto, por vencer suas duas partidas no Ginásio do Ibirapuera, o número 1 do Brasil resgatou sua motivação para enfrentar desafios mais complicados no circuito.
“Dei o primeiro passo, que é acreditar. Num esporte competitivo como o tênis, você tem que acreditar primeiro”, diz Bellucci, que mostrou rara confiança contra Roberto Bautista Agut, 15º do mundo, no domingo. Ele venceu por 3 sets a 1 e selou o triunfo brasileiro em São Paulo. “Quando estou jogando bem, sou perigoso.”
Bellucci credita sua boa sequência de jogos nas últimas semanas à experiência conquistada em seus nove anos de profissional. “A maturidade vem com o tempo. O mais importante é continuar dando o meu melhor. Se isso acontecer, vou voltar ao meu melhor ranking, posso ficar entre os 50”, projeta.
O brasileiro ocupa atualmente a 83ª posição do ranking, bem pior que sua melhor colocação, a 21ª, obtida em 2010. Mas até o capitão da Espanha na Davis, o ex-número 1 Carlos Moyá, reconhece que Bellucci teve desempenho muito superior ao seu ranking no fim de semana. “Acredito que o nível de Bellucci não foi de 83 do mundo”.
Para João Zwestsh, capitão do Brasil e ex-treinador de Bellucci, o tenista de 26 anos está colhendo os frutos da maior experiência e da dedicação nos treinos. “O Thomaz está reencontrando seu bom tênis. É quase uma certeza que, em pouco tempo, ele estará no top 50, que é onde ele merece estar.”
Zwestsh atribui o crescimento de Bellucci à parceria com o técnico argentino Francisco Clavet, mais conhecido pelo apelido “Pato”. “Pato é um ótimo técnico, com vasta experiência. Ele está ajudando muito o Thomaz. E isso nos dá uma grande esperança.”