Polêmica na Decisão

Nos pênaltis, Suécia derruba favoritismo dos EUA e avança na Copa

Na sétima tentativa, Naeher defendeu parcialmente a cobrança de Hurting, mas a bola foi para trás e ultrapassou totalmente a linha (por milímetros)

Jogadoras da Suécia comemorando a classificação diante dos Estados Unidos. Foto: Divulgação - Fifa

A Suécia eliminou os tetracampeões Estados Unidos nos pênaltis, neste domingo (6), no Aami Park, em Melbourne (Austrália) e está nas quartas de final da Copa do Mundo feminina. Após 0 a 0 com bola rolando, Hurtig sacramentou a classificação sueca, por 5 a 4, em penalidade que contou com checagem do VAR.

O árbitro de vídeo confirmou a classificação sueca. Na sétima tentativa, Naeher defendeu parcialmente a cobrança de Hurting, mas a bola foi para trás e ultrapassou totalmente a linha (por milímetros) antes de nova intervenção da goleira norte-americana. As suecas reclamaram e o VAR confirmou o gol.

Megan Rapinoe e Sophia Smith isolaram as respectivas cobranças, e Kelly O’hara acertou a trave. Já Sullivan, Horan, Mewis e a goleira Narher converteram.

Pela Suécia, Bjron isolou e Blomqvist parou em Narher. Rolfo, Rubensson, Bennison, Eriksson e Hurtig converteram.

Foi o primeiro confronto entre EUA e Suécia em um mata-mata de Copa feminina. Elas, porém, se enfrentaram sete vezes pela fase de grupos.

Os EUA buscavam o pentacampeonato e ficaram fora das quartas de final pela primeira vez na história. As norte-americanas chegaram pelo menos até as semifinais em todas as edições anteriores.

Já as suecas querem o título inédito. O melhor resultado foi o vice-campeonato em 2003.

Na sequência, a Suécia enfrenta o Japão na sexta-feira (11), às 4h30 (de Brasília), pelas quartas de final do Mundial.

COMO FOI O JOGO

EUA controlaram a bola, ocuparam o campo adversário; a Suécia se fechou e tentou no contra-ataque. Em primeiro tempo de pouco trabalho para as goleiras, as norte-americanas ditaram o ritmo, mas esbarraram na defesa sueca que, por sua vez tentou, sem muito perigo, partir em velocidade.

Suécia subiu a marcação, chegou ao ataque, mas deixou o jogo aberto e viu Musovic brilhar. As suecas mudaram a postura na segunda etapa, passando a pressionar a saída de bola dos EUA e conseguindo chegar ao campo adversário, mesmo sem incomodar a goleira Naeher. Com isso, a partida ficou aberta, e as norte-americanas encontraram mais espaço no campo adversário e viram Musovic manter o placar zerado.

EUA empilharam chances, mas nada de balançar as redes. Apesar do crescimento da Suécia, quem esteve mais próximo de abrir o marcador foram as norte-americanas. Explorando especialmente os lados do campo, elas conseguiram se livrar da marcação sueca e colocar Musovic para trabalhar, mas faltou capricho para colocar a bola no fundo do gol.

Cenário não mudou na prorrogação, e a partida foi para os pênaltis. Assim como no tempo regulamentar, os EUA tiveram as melhores chances, mas pararam em Musovic. A Suécia segurou a pressão e tentou na velocidade e bola parada, mas sem grande perigo.

SUÉCIA
Musovic; Andersson, Eriksson, Ilestedt e Bjorn; Asllani (Hurtig), Angeldal (Bennison), Rolfo, Kaneryd (Jakobsson) e Rubensson; Blackstenius (Blomqvist). Técnico: Vlatko Andonovski

EUA
Naeher; Girma, Sonnett (Mewis), Dunn e Fox (0’Hara); Ertz, Horan e Sullivan, Smith, Morgan (Rapionoe) e Rodman (Williams). Técnico: Peter Gerhardsson

Estádio: Aami Park, em Melbourne (Austrália)
Público: 27.706
Arbitragem: Stéphanie Frappart (França)
Auxiliares: Manuela Nicolosi (França) e Elodie Coppola (França)
Cartões amarelos: Asllani (SUE); Ertz (EUA)