INDECISÃO

Novak Djokovic volta ser detido dois dias antes do Aberto da Austrália

Djokovic terá mais uma audiência neste domingo (160 onde saberá se poderá permanecer ou não na Austrália

Novak Djokovic em ação. Foto: Divulgação - ATP

O tenista antivacina Novak Djokovic, número 1 do ranking mundial, foi detido novamente em Melbourne, neste sábado, enquanto aguarda a decisão da Justiça sobre sua deportação por ter entrado na Austrália sem estar vacinado contra a covid-19. A participação do sérvio no aberto de tênis do país está agendada para daqui dois dias, mas se a situação permanecer como está, ele não poderá competir.

Djokovic voltou ao mesmo centro de detenção de imigrantes onde ficou por cinco dias durante a semana passada, antes que seus advogados conseguissem reverter uma decisão de expulsão do país. Ele teve o visto cancelado pelo governo australiano na sexta-feira (14), mas aguarda por uma decisão do tribunal sobre um recurso de sua defesa.

Em documentos apresentados ao tribunal, autoridades australianas dizem que a presença do tenista “pode estimular o sentimento antivacina”, além de causar “agitação social”. A situação deve ser definida em audiência marcada para este domingo (16). Até lá, Djokovic permanece detido. A decisão pela detenção foi tomada em audiência realizada no sábado (15). Na sequência, o sérvio foi levado para o Park Hotel, local onde a Austrália mantém imigrantes.

O caso saiu da Justiça de Melbourne para a responsabilidade do Tribunal Federal, após o juiz até então responsável se declarar incompetente. A defesa estima que a mudança pode atrasar o procedimento, mas ainda tem esperança de conseguir uma liminar que permita ao tenista permanecer no país para jogar o Aberto da Austrália.

O número 1 do mundo apresentou um atestado médico quando chegou ao país, há mais de uma semana, alegando que não tomou a vacina contra a covid-19 porque foi contaminado pelo vírus recentemente, em dezembro. Em um primeiro momento, recebeu autorização estadual para entrar, mas a isenção médica foi recusada pelo governo federal. Ele ainda admitiu que não cumpriu o isolamento após o teste positivo.