Ex-Trindade

Novato na seleção admite nervosismo ao encontrar Vini Jr, Rodrygo e Paquetá

Galeno poderia ter sido chamado para a seleção de Portugal, mas manteve a meta de defender o Brasil

Novidade na Seleção e com passagem no futebol goiano, Galeno foi convocado por Dorival Jr. Foto: Rafael Ribeiro - CBF

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI E THIAGO ARANTES
LONDRES, INGLATERRA (UOL/FOLHAPRESS) – Estreante na seleção brasileira, o atacante Galeno admitiu que ficou nervoso por encontrar alguns jogadores convocados para os amistosos contra Inglaterra e Espanha. A resposta já indica uma mudança de referências no grupo atual:

“Aconteceu com Vini, Rodrygo e Paquetá. Grandes jogadores que acompanhei, como o Rodrygo desde o Santos. Estar do lado deles parece mentira. Vou aprender o máximo com eles e passar um pouco do que sei pra eles. Já que estamos juntos, vamos dar nosso máximo em campo para o Brasil ganhar”, disse Galeno, em coletiva nesta quarta-feira (20), em Londres.

Convocação. “Minha ficha até hoje não caiu, não acredito que estou aqui com esses grandes jogadores. Chorei com a minha família. Muito feliz por estar aqui nesse momento”.

Galeno poderia ter sido chamado para a seleção de Portugal, mas manteve a meta de defender o Brasil. “Não vou mudar minha opinião. Era sonho desde criança representar o Brasil”.

OUTRAS RESPOSTAS DE GALENO

Portugal
“Meu pensamento é estar aqui, já respondi. Não é só meu sonho, é da minha família. Estou muito feliz por estar aqui e não vou mudar minha opinião. Vou dar meu coração e tudo em campo. Vai estar aqui um grande atleta”.

O que esperar de você?
“Muita gente não vê o Campeonato Português. Não é muito visto no mundo, mas lá tem grandes jogadores, competição muito boa. Todos disputam até o fim. Podem esperar que vou dar meu máximo na seleção. Vou disputar a vaga, mas vou estar aqui com corpo e alma para defender minha seleção. Minhas características são ser forte no um contra um e gosto de defender e ajudar meus companheiros também. Vou suar essa camisa da seleção e agora é treinar bem, trabalhar bem, para surgir minha oportunidade de jogar”.

Maior decisão
“Minha maior decisão foi quando saí de perto da minha mãe, lá do Maranhão aos 11 anos. Perdi meu pai cedo, não foi fácil deixar minha família assim, mas era nosso sonho. Agora realizamos o sonho de estar aqui na seleção. Minha família está feliz, mas meu pai também deve estar orgulhoso. Vou dar muito orgulho a ele e toda minha família”.

Camisa
“Vai para um quadro, marcada para a minha vida e bem guardada para mostrar para meus filhos e netos”.
Conversas com comissão técnica
“Não conversamos muito ainda [com Dorival], é tudo novo para todos, mas alguns jogadores já trabalharam com o Dorival. Ele tenta passar ao máximo o que fez no Brasil. Tudo muito novo, vamos dar nosso máximo. O jeito dele jogar lá não muda muito para o Porto, é quase igual. Não vai ser tão difícil para adaptar. Tenho certeza que vamos conversar ainda e estarei pronto para ouvir”.

Memórias
“Nunca imaginava estar aqui representando meu país. Todos precisam acreditar nos seus sonhos, nada é impossível. Foi tudo muito rápido na minha vida. Estar aqui é um orgulho para mim. Vou tentar não sair daqui mais. No mundo todo tem grandes jogadores brasileiros. O mais difícil já aconteceu, que foi chegar. Agora é manter, dar meu máximo para voltar e honrar essa camisa”.

Gol contra o Arsenal
“Muito importante para a minha vida. Estávamos bem no jogo, conseguimos anular o Arsenal. No fim do jogo dei aquela chapada para sairmos com a vitória. Na segunda perna não conseguimos a classificação, mas foi uma emoção única, gol marcado na minha vida e carreira. Vou mandar fazer um quadro da foto que tenho desse gol. Emoção muito grande mesmo. Vamos continuar nessa caminhada que é longa e pode ter certeza que vou estar aqui para honrar essa camisa”.

Futebol goiano
“Foi muito rápido. Cheguei em 2015 no Trindade, logo em seguida passei dois anos lá antes do Grêmio Anápolis e vim para o Porto B. Era um contrato de um ano para fazer a minha vida, consegui me firmar, mostrei meu trabalho e o Porto me deu a honra de comprar. Foi uma passagem linda, não tive tanta experiência no Brasil, mas quero voltar a jogar no Brasil com certeza. Minha família em Goiânia agora, era muito longe o Maranhão, temos muitos amigos lá”.