Oito jogadores e cinco funcionários do Corinthians estão com coronavírus
21 dos 27 integrantes do elenco já entraram em contato com o vírus em algum momento, mas 13 foram considerados recuperados.
O Corinthians informou na noite deste sábado (20) que oito atletas do seu elenco profissional tiveram diagnóstico positivo de coronavírus. Os exames foram realizados nos dois últimos dias. Segundo o clube, eles não apresentam sintomas da Covid-19.
Neste domingo (21), os sites Meu Timão, Globoesporte e UOL informaram que 21 dos 27 integrantes do elenco já entraram em contato com o vírus em algum momento, mas 13 foram considerados recuperados.
Ao todo, foram testadas 190 pessoas, entre jogadores, comissão técnica e outros funcionários do clube. Além dos oito atletas, há mais cinco casos de exames positivos (42 considerando os já recuperados) entre os demais funcionários.
Eles estão sendo monitorados e não comparecerão ao centro de treinamento por ao menos dez dias, quando passarão por novo teste. Os nomes não foram revelados.
O Corinthians informou que na segunda-feira (22) 19 jogadores, que não estão com o coronavírus, irão ao CT para a retirada de equipamentos de proteção individual (EPI), além de materiais de treino, como uniformes e chuteiras. Eles serão higienizados pelos atletas em suas casas.
Os clubes de São Paulo ficaram insatisfeitos, nesta semana, com a posição do governador João Doria (PSDB) de liberar treinos com bola a partir de 1º de julho. Eles esperavam essa permissão para a próxima semana.
O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, afirmou à Folha que o tucano deveria explicar qual recomendação médica ou científica estava seguindo. “Libera shopping e comércio, onde ninguém é testado, e não libera o treino para o futebol com centro de treinamento fechado para 40 pessoas testadas e com protocolo rígido”, disse o cartola.
Em nota, a assessoria do governador afirmou que a definição ocorreu após uma série de reuniões entre representantes do governo do estado, clubes, o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo e a Federação Paulista de Futebol (FPF).
As agremiações tentaram convencer Doria a voltar atrás na decisão, mas até agora a única concessão do governo foi a de que os clubes poderão a partir da próxima semana realizar exames e testes físicos nos atletas nas dependências dos CTs. Isso a depender do estágio em que as cidades se encontram nos índices de contágio da pandemia.
O Campeonato Paulista da Série A-1 está paralisado desde o dia 16 de março. A FPF quer garantir tempo para recuperar a forma física dos atletas, o que deverá levar pelo menos três semanas, e aproveitar o mês de julho para concluir o torneio estadual.
Como nos bastidores a CBF sinaliza que pretende iniciar o Campeonato Brasileiro a partir da segunda quinzena de agosto, a realização do Paulista poderia ser comprometida a depender da data decidida para o retorno dos treinos e, posteriormente, jogos.
Os dirigentes também estão preocupados com a hipótese de que, com a volta aos treinamentos nos demais estados ou até mesmo de partidas, como no Rio de Janeiro, os times paulistas possam estar em desvantagem nas competições nacionais e sul-americanas.
Outro motivo para pressionar o retorno é por motivos financeiros: a premiação paga pela federação e também a última parcela do contrato com a Globo referente aos direitos de televisionamento do torneio.