Pai de Neymar esteve presente em evento marcado por xingamento de Bolsonaro
Neymar da Silva Santos, o pai do camisa 10 da seleção brasileira, esteve presente no…
Neymar da Silva Santos, o pai do camisa 10 da seleção brasileira, esteve presente no almoço em que Jair Bolsonaro (sem partido) proferiu xingamentos contra a imprensa, ontem (27), em uma churrascaria de Brasília. Na ocasião, o presidente tentou justificar os gastos do Executivo dizendo que as latas de leite condensado seriam para “enfiar no rabo da imprensa”.
O pai de Neymar Jr. foi convidado por amigos em comum com Jair Bolsonaro, e o encontro foi registrado em fotos. No local havia apoiadores do presidente, desde empresários a cantores de sertanejo, além de ao menos dois ministros —Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Gilson Machado (Turismo). Muitos aplaudiram o xingamento.
Ontem, uma reportagem do portal Metrópoles repercutiu nas redes sociais e entre parlamentares de oposição por apontar gastos do poder Executivo com alimentos supérfluos como chicletes, bombons e leite condensado. Este último item chamou a atenção especialmente porque Bolsonaro costuma comê-lo com pão, no café da manhã. O presidente reagiu no almoço citado.
Hoje, o UOL publicou um levantamento que indica que os gastos do governo federal com alimentos caiu 25% na comparação entre os anos de 2019 e 2020.
A presença de Neymar pai entre apoiadores do presidente não chega a ser surpresa, pois ele e o filho vêm demonstrando simpatia pela família Bolsonaro em diversas ocasiões. No começo deste ano, o jogador publicou foto com Flávio —o filho “zero um”— no Rio de Janeiro e chegou a conversar com o presidente por chamada de vídeo —um papo sobre futebol e a vida amorosa de Neymar.
Em abril de 2019, por exemplo, o jogador gravou vídeo com mensagem ao presidente e a Netanyahu. Semanas depois, Neymar pai foi recebido por Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes para tratar de um processo que cobrava R$ 69 milhões em impostos e multas. O presidente chegou a defender o jogador publicamente, e no ano passado uma liminar suspendeu a cobrança.