Série B

Para enfrentar o Operário-PR fora de casa, Vila Nova tem quatro desfalques

Com três vitórias consecutivas, Tigre viaja e tem ausências garantidas para o duelo da 32ª rodada

Manifestantes que não aceitam o resultado das eleições presidenciais obstruem o tráfego em 167 rodovias federais no começo da manhã desta quarta-feira. As informações foram divulgadas no último balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado às 6h27. Na véspera, a corporação chegou a monitorar 271 bloqueios. Os protestos são realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com a vitória nas urnas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em nota publicada nas redes sociais, a PRF informa que desfez 563 manifestações em rodovias espalhadas pelo Brasil desde segunda-feira. Na noite desta terça-feira, o balanço da corporação informava a existência de 190 rodovias federais bloqueadas.

Os bloqueios em estradas e rodovias começaram ainda na noite de domingo, quando bolsonaristas ocuparam trechos da BR-163 no Mato Grosso.

De acordo com a corporação, houve pontos de bloqueio ou aglomeração no Acre, Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Na tarde desta terça-feira, enquanto as paralisações ocorriam ao redor do país, o presidente Jair Bolsonaro fez seu primeiro pronunciamento após a derrota de domingo. Ele agradeceu aos 58 milhões de votos e afirmou que a reação dos seus apoiadores é “fruto da indignação e sentimento de injustiça de como se deu as últimas eleições”. No entanto, em seguida, o presidente criticou o uso de “métodos da esquerda”.

Líderes da greve dos caminhoneiros de 2018 e entidades da classe chegaram a condenar, nesta segunda-feira, os bloqueios nas estradas. Segundo eles, as paralisações desta semana seriam de responsabilidade de grupos isolados e que poderiam prejudicar a economia. Eles afirmaram ainda reconhecer a vitória de Lula no segundo turno das eleições, neste último domingo.

Efeito na economia

Os bloqueios em rodovias federais acenderam um alerta entre o setor empresarial brasileiro, que durante a tarde desta terça-feira passou a manifestar o temor de escassez de suprimentos, como combustível e querosene de aviação — nesta segunda-feira, 500 passageiros não conseguiram chegar no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, e voos foram cancelados. No Rio de Janeiro, viagens que partiam da rodoviária foram canceladas por dificuldade de deslocamento. A mesma dificuldade de abastecimento foi manifestada por associações supermercadistas.

O Vila Nova encerrou na manhã desta quarta-feira (28) a sua preparação para a próxima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O Tigre vai encarar o Operário-PR na próxima sexta-feira (30), às 19h (horário de Brasília), no estádio Germano Krüger, mas não vai contar com força máxima. Após três vitórias consecutivas, o Colorado quer manter o bom momento e terá pela frente uma equipe que está dentro da zona do rebaixamento.

Para essa partida, as ausências começam a partir do banco de reservas, quando Allan Aal não pode ficar na beira do gramado. O treinador foi expulso após o término da última rodada, após se desentender com o árbitro Wagner Nascimento, no Onésio Brasileiro Alvarenga, e com isso vai precisar cumprir suspensão. O Vila Nova será comandado por Anderson Valiñas.

Entre os atletas de linha, o Vila Nova não vai contar com o zagueiro Matheus Mancini, que sofre com uma lesão muscular. No ataque, Dentinho também cumpre suspensão após ter sido expulso contra o CRB, além de Kaio Nunes, que sofreu uma entorse no tornozelo e sequer participou da última atividade, que aconteceu no OBA.

Com isso, o provável Vila Nova para enfrentar o Operário-PR é: Tony; Alex Silva, Rafael Donato, Alisson Cassiano e Formiga; Souza, Jean Martin, Arthur Rezende e Wagner; Neto Pessoa e Hugo Cabral.