Paulo Rogério Pinheiro cita dívidas passadas e fala sobre as negociações por atletas no Goiás
Dois dias antes de voltar aos gramados pela Série A do Campeonato Brasileiro, o Goiás…
Dois dias antes de voltar aos gramados pela Série A do Campeonato Brasileiro, o Goiás promoveu uma entrevista do presidente Paulo Rogério Pinheiro. Essa foi a primeira vez que o dirigente máximo do clube se pronunciou em coletiva desde a apresentação de Paulo Autuori e Bruno Pivetti, no fim de fevereiro. Questionado sobre diversos assuntos, mas principalmente sobre as dívidas deixadas pelas antigas gestões do clube e sobre os reforços, que foram pedidos pelo treinador Jair Ventura, mas que não deve buscar atletas “renomados”.
Na atual janela de transferências, o Goiás acertou as contratações de: Sávio (Rio Ave-POR), Marco Antônio (Cruzeiro), Danilo Cardoso (Vitória), Lucas Halter (Athletico) e Breno Herculano (Aimoré-RS). Mesmo sem o porte financeiro para buscar nomes de maior interesse no futebol nacional, como se ventilou o meio-campista Mateus Vital, o Esmeraldino busca ao menos mais dois reforços, sendo considerados como “apostas”.
“Discutimos vários nomes, dezenas, para contratar na janela. Temos uma reserva financeira de segurança, sabíamos que íamos precisar dela, desde o ano passado quando subimos para a Série A, eu fiz todo o planejamento. Contratamos vários jogadores, fiquei encarregado de alguns atletas, o Edminho por outros e o Harlei com outros. Fiquei mais de 40 dias negociando o Castilho com o Atlético-MG, estava quase fechado e o Ceará apareceu e fez oferta pela compra, a minha era por empréstimo remunerado. Não gosto de perder uma briga”, revelou Paulo Rogério Pinheiro, antes de dizer que ele mesmo travou as negociações, por conta da situação financeira.
O presidente do Goiás aproveitou para expor a situação financeira do Goiás. Com dívidas “batendo na porta”, Paulo Rogério Pinheiro revelou o crescimento dos valores desde que assumiu e as ações que precisa regularizar até o fim do ano, mesmo precisando gastar para aumentar o tempo até o julgamento final dos processos envolvendo antigos atletas.
“Umas três semanas atrás, o meu diretor jurídico junto com uma advogada trabalhista me pediram uma reunião. Caiu uma “bomba atômica” no meu colo. Nas minhas entrevistas do ano passado, eu dizia que não iria falar sobre o passado e pouco fiz. Me entregaram um papel de cinco linhas falando que o Goiás devia R$ 17 milhões, no dia 30 de dezembro, no dia 2 de janeiro já era R$ 35 milhões e passado quatro meses está beirando os R$ 50 milhões. Eram 25 atletas para fazer acordo, fizemos com 21. Os advogados me disseram que até dezembro temos que pagar R$ 6 milhões em quatro ações trabalhistas. Eu paguei mais de R$ 100 mil para recorrer e ganhar tempo, pois sabia que iria perder”, completou Paulo Rogério Pinheiro.