Polícia Federal abre inquérito para investigar jogadores argentinos por falsidade ideológica
Brasil e Argentina iriam se enfrentar neste domingo (5), mas a partida foi paralisada pela Anvisa para deportar os jogadores argentinos
A Polícia Federal abriu inquérito que irá investigar se os jogadores argentinos cometeram o crime de falsidade ideológica. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 4 atletas da seleção da Argentina teriam de cumprir quarentena, por terem chegado do Reino Unido, porém eles acabaram não fornecendo as informações necessárias e tentaram burlar as regras da agência.
O fato dos atletas terem apresentado informações falsas para evitar a quarentena no Brasil é que será investigado e isso pode representar o crime de falsidade ideológica. A pena prevista pode chegar até 5 anos de prisão e multa. Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero foram notificados a deixarem o país após a PF ter colhido o depoimento dos jogadores.
Os atletas estavam escalados para o jogo contra o Brasil, neste domingo (5), pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Porém com 5 minutos do primeiro tempo, agentes da Anvisa paralisaram a partida para pedir a deportação dos atletas. Segundo a agência, os jogadores não poderiam exercer qualquer atividade no país sem ter cumprido a quarentena.
Porque os jogadores argentinos não puderam jogar no Brasil?
De acordo com uma portaria da Anvisa, publicado no dia 23 de junho, por conta da variante Delta da Covid-19, qualquer viajante que passou pelo Reino Unido, Irlanda do Norte, África do Sul e Índia é obrigado a cumprir uma quarentena de 14 dias. Martinez, Buendia, Lo Celso e Romero atuam no futebol inglês e estiveram em ação na última rodada de suas equipes nos dias 28 e 29 de agosto.