ÁRBITROS

Presidente da CBF admite problemas na arbitragem: ‘Eu também cobro’

A arbitragem brasileira vem recebendo críticas de várias equipes nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Foto: Lucas Figueiredo - CBF

Alvo de críticas de cartolas dos clubes rodada sim, outra também, a arbitragem brasileira não está deixando satisfeito nem mesmo o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Ao falar a dirigentes dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, na manhã desta terça-feira (26), Ednaldo admitiu que tem feito cobranças à Comissão de Arbitragem e afirmou que o próprio Wilson Seneme, que dirige à comissão, às vezes fica “indignado” com marcações de campo.

“Eu acompanho jogos, das Séries A, B, C e D. Eu assisto futebol, acompanhando tudo em todos os detalhes. Não são só vocês (dirigentes de clubes) que cobram da Comissão de Arbitragem, que cobram o Seneme. Eu também cobro. Existem situações em que eu digo ‘E o VAR, Seneme? Interferiu ali quando não podia’. Ele responde, às vezes dizendo as questões, às vezes ele próprio até indignado”, disse Ednaldo. “Às vezes também o VAR entra em questões em que poderia entrar e não acontece.”

As declarações de Ednaldo Rodrigues foram feitas na abertura de um encontro promovido pela CBF entre a Comissão de Arbitragem e representantes de clubes, na sede da entidade. A reunião foi convocada na semana passada após uma enxurrada de críticas de dirigentes de diferentes clubes. As reclamações recaem sobretudo sobre o uso do VAR – ou sobre a falta de uso -, mas mesmo a qualidade técnica de alguns árbitros têm sido questionadas.

“Se há críticas, é porque há erros que realmente aconteceram e acontecem, mas deixando também claro que não existe nesses equívocos nenhuma premeditação e nenhuma parcialidade para o trato com a arbitragem”, disse Ednaldo.

“Também sou crítico daquilo que não anda bem. Nós somos prestadores de serviço, e, como prestadores de serviços para o futebol brasileiro, nós temos que fazer uma entrega. Fazer uma entrega demanda muita dedicação, muito desprendimento, muito trabalho, muitas cobranças. E temos que também cobrar”, disse o dirigente.