PSG de Neymar passa fácil pelo RB Leipzig e está na final da Champions
Apesar da torcida brasileira por Neymar, jogo coletivo e sutilezas fazem a diferença para a classificação
Existe uma comoção brasileira pelo título europeu do Paris Saint-Germain, mas não apenas isso: o roteiro dos sonhos conta com um Neymar protagonista, responsável por levar quase que sozinho o time francês à conquista inédita. Ainda resta um jogo para essa história ser escrita: o time venceu o Red Bull Leipzig por 3 a 0 ontem e está na decisão da Liga dos Campeões. Mas, por enquanto, o script é mais coletivo, feito de sutilezas do que atos de heroísmo apoteóticos.
Não é que o camisa 10 brasileiro esteja sendo um mero coadjuvante. Longe disso. Neymar foi o autor da jogada mais bonita da partida e, o melhor de tudo, também produtiva. Depois que o Red Bull Leipzig errou na saída de bola, o atacante escorou de letra o cruzamento que recebeu e deixou Di María em condições de fazer 2 a 0 no placar, no fim do primeiro tempo. A essa altura, a classificação já parecia bem encaminhada.
Uma vantagem construída nos detalhes. Logo no comecinho da partida, o argentino cobrou a falta na área e o zagueiro Marquinhos abriu o placar. Cabeçada certeira aos 12 minutos que obrigou os alemães a saírem mais para o jogo e dar os contra-ataques para a equipe da capital francesa.
Neymar teve chances de ser o desequilibrante que tanto a torcida brasileira espera. No primeiro tempo, teve uma chance clara que foi defendida muito bem por Gulácsi. No duelo particular com o goleiro, cobrou falta surpreendentemente direto para o gol e acertou a trave do time alemão.
Mbappé fez sua parte para consagrar o brasileiro. Nos primeiros 45 minutos, deixou Neymar livre para finalizar na área, mas a bola foi para fora. Na segunda etapa, o brasileiro desperdiçou um contra-ataque ao escorregar depois de receber o passe de atacante francês.
Acabou que o terceiro gol, que acabou definitivamente com as chances do Red Bull Leipzig, veio mais do acaso do que de qualquer outro lugar. Mukiele escorregou sozinho quando tentava sair jogando na defesa e a bola sobrou para Di María. O cruzamento do argentino foi certinho para o lateral-esquerdo Bernat aparecer na área de forma improvável e marcar de cabeça.
A classificação aproxima como nunca o milionário PSG, de 50 anos de história, do título que é a meta principal desde que a Autoridade de Investimento do Qatar comprou o clube, em 2011. Estima-se que, desde então, quase um 1 bilhão de euros foram gastos em contatações, para transformar o pouco expressivo clube da Cidade-Luz em uma potência de primeira grandeza no futebol europeu.