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‘Quando perdi, virei o pior do mundo’, diz José Aldo, que busca novo cinturão

José Aldo irá enfrentar Rob Font, no UFC Vegas, no peso galo, até 61 kg

José Aldo durante pesagem do UFC. Foto: Divulgação - UFC

Ex-campeão do peso pena do UFC, José Aldo enfrenta Rob Font na madrugada deste domingo (5), na luta principal do UFC Vegas 44, no peso galo (até 61 kg). É o confronto entre o quinto (o brasileiro) e o quarto colocados da categoria. Uma vitória contra o americano deve colocar o brasileiro entre os principais lutadores do peso galo e próximo de uma luta pelo cinturão.

Após perder para Alexander Volkanovski -atual campeão do peso pena- no dia 11 de junho de 2019, no UFC 237, Aldo decidiu baixar o peso e mudou da categoria dos penas (até 65,8kg) para a dos galos. O seu início na categoria não foi o esperado. Em sua estreia, o lutador de 35 anos perdeu para o compatriota Marlon Moraes em uma decisão dividida.

Posteriormente, o manauara foi escolhido pelo UFC para fazer uma luta valendo o cinturão do galos contra o russo Petr Yan. O título estava vago, já que Henry Cejudo, antigo dono, havia se aposentado. O russo foi superior na luta e nocauteou José Aldo no quinto round -e o brasileiro somou sua terceira derrota consecutiva.

Em entrevista à reportagem, Aldo relembrou seu passado como campeão do UFC e revelou que o comportamento da torcida brasileira mudou completamente depois que ele perdeu o cinturão do peso pena para Max Holloway, em 2017.

“Desde que eu entrei no esporte, eu já sabia como seria. A torcida brasileira, no geral, faz isso acontecer em todos os esportes. Sou atleta de MMA, mas assisto a tudo: futebol, basquete, natação. E eu vi isso acontecendo com vários atletas”, disse.

“Para mim, não foi problema algum, eu sabia que, enquanto fosse campeão, ia ser o melhor do mundo, mas, quando desse ruim, seria o pior do mundo. No começo da minha carreira, todos os fãs passaram a me chamar de tudo de ruim que era possível. Depois falaram que eu era o melhor. Não me atento tanto a isso, sei quem eu sou”, acrescentou.

Mas a maré virou para Aldo. O brasileiro vem de duas vitórias consecutivas por decisão unânime: contra o equatoriano Marlon Vera e o brasileiro Pedro Munhoz. Hoje, o experiente lutador afirmou que segue focado em conquistar o cinturão do UFC em sua nova categoria e que isso faz com que ele não pense na aposentadoria apesar da idade.

“É tudo questão de trabalho e de tempo para eu crescer de novo. Trabalhamos e corrigimos os erros, estamos vivendo o momento. Esse momento, hoje, é de ser campeão, estou treinando para ser campeão. Então, depois que eu conquistar o título, eu vejo as possibilidades de me aposentar. Hoje, na minha cabeça, só penso nisso [ser campeão]”, concluiu.

O UFC Vegas 44 acontece neste sábado (4) e invade a madrugada de domingo. O card preliminar está marcado para às 21h (de Brasília), e o principal, a partir da 00h.