Jogos Olímpicos

Rebeca Andrade amplia coleção de medalhas com prata no salto em Paris 2024

Rebeca agora tem o mesmo número de medalhas conquistadas por Robert Scheidt e Torben Grael, da vela

Rebeca Andrade ficou atrás apenas de Simone Biles e conquistou a medalha de prata. Foto: Luiza Moraes - COB

MARCOS GUEDES
PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Nenhum brasileiro tem mais medalhas olímpicas do que Rebeca Andrade. São cinco. A mais recente delas foi obtida na tarde francesa de sábado (3), na Arena Bercy, onde ela ficou com a prata na prova do salto da ginástica artística dos Jogos de Paris, atrás somente da craque norte-americana Simone Biles.

A guarulhense teve ótimo desempenho no aparelho que é a sua especialidade. Com uma tentativa de pontuação 15.100 e uma de 14.833, registrou média de 14.966, suficiente para o segundo lugar do pódio na capital francesa. Biles triunfou com 15.300, e a também norte-americana Jade Carey recebeu o bronze com 14.466.

Rebeca agora tem o mesmo número de medalhas conquistadas por Robert Scheidt e Torben Grael, da vela. Ela ainda terá a chance de ampliar sua coleção e se isolar na liderança brasileira ainda em Paris, na segunda-feira (5), quando se apresentará nas decisões de outros dois aparelhos, na trave e no solo.

A ginasta havia subido ao pódio duas vezes nos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados em 2021, com um ano de atraso por causa da pandemia de Covid-19. Foi ouro no solo e prata na disputa individual geral -sem a concorrência de Simone Biles, que desistiu dessas finais por questões de saúde mental.

Na França, a brasileira tem duelado com o maior nome da história da ginástica, que retornou em alto nível e triunfou na competição por equipes e na individual geral. Andrade foi respectivamente bronze e prata nesses torneios. No salto, ficou novamente atrás da lendária atleta dos Estados Unidos.

Biles já havia afirmado, ao término da final individual geral, na última quinta-feira (1º), em tom reverente, que estava “cansada” de enfrentar Rebeca. Segundo a norte-americana -agora dona de dez medalhas olímpicas, sete delas de ouro-, a guarulhense exigiu dela mais do que qualquer outra ao longo de sua carreira.

Na final do salto, elevou novamente seu nível para assegurar o topo do pódio. Seu primeiro movimento teve a altíssima nota de dificuldade 6.400, com execução 9.400 e um total de 15.700, com desconto de 0.1 por ter pisado fora do limite. No segundo, partiu de 5.600 e teve 9.300 de execução, com um total de 14.900. Na média, ficou com 15.300.

Era muito dura a tarefa de Rebeca, que fez o que estava ao alcance e teve excelentes apresentações. Começou com um “cheng” de dificuldade 5.600, com execução 9.500 e total 15.100. Finalizou com um “amanar” de dificuldade 5.400, com execução 9.433 e total de 14.833. Na média, 14.966, abaixo apenas da maior de todos os tempos.