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Relembre jogadores punidos por envolvimento com manipulação de resultados

As penas variam entre a suspensão do futebol por 360 dias até o banimento do esporte

Em meio a investigações do MP (Ministério Público) e da PF (Polícia Federal) a respeito da manipulação de resultados no futebol brasileiro, 13 jogadores já foram punidos nos últimos meses pelas autoridades por suposto envolvimento com os esquemas de apostas.

As penas variam entre a suspensão do futebol por 360 dias até o banimento do esporte.

Nesta quarta-feira (26), a PF (Polícia Federal) desencadeou a operação Jogo Limpo, para apurar a manipulação de resultados em jogos da série D do Campeonato Brasileiro. A partida entre Inter de Limeira e Patrocinense é alvo da investigação.

A principal responsável pelas punições até aqui é a operação Penalidade Máxima, do MP de Goiás, que investiga desde 2023 partidas suspeitas do Campeonato Brasileiro e de torneios regionais.

A investigação demonstrou a existência de um esquema de manipulação de partidas de futebol para ganho ilícito em sites de aposta esportiva. Atletas eram aliciados para, por exemplo, cometer pênaltis ou tomar cartões de propósito.

Como resultado das investigações, em maio do ano passado, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) baniu do futebol o volante Marcos Vinicius Alves Barreira, conhecido como Romário, considerado um dos pivôs do esquema de manipulação.

Em entrevista ao site ge.globo, Romário confirmou ter recebido oferta de apostadores. “Meu erro foi ter aceitado o dinheiro deles. A todo momento eu falava para eles que não faria, até porque eu não poderia jogar. Continuaram insistindo e mandaram eu passar contatos de outros jogadores do Vila. Essa foi minha participação”, disse ele.

Julgado no mesmo processo, Gabriel Domingos, também ex-volante do Vila Nova, foi suspenso por 720 dias.

Em junho, mais 11 jogadores foram punidos como resultado das investigações do MP, sendo três deles banidos da modalidade: Ygor Catatau, Gabriel Tota e Matheus Gomes. Os demais receberam ganchos que variam de 360 a 720 dias.

A Fifa (Federação Internacional de Futebol) optou por ampliar a abrangência das punições do Brasil para todos os países filiados à entidade, de modo a inibir a tentativa de jogadores de sair do país para seguir a carreira.

Foi o que fez o zagueiro Eduardo Bauermann, que estava no Santos e foi jogar no Alanyaspor. Logo após o anúncio da Fifa, a agremiação turca anunciou a rescisão do contrato com Bauermann, “conforme protocolo previamente estabelecido”.

Em sua despedida do clube praiano, o jogador pediu desculpas ao clube e aos torcedores por seu envolvimento com o esquema de apostas.

“Mesmo me arrependendo e não fazendo nada do que me foi proposto para prejudicar a minha equipe, eu fui muito prejudicado. Fui o maior prejudicado, na verdade. Meu nome, minha imagem, meu lado desportivo foram prejudicados. Muitas portas se fecharam, minha honra foi colocada à prova, a segurança minha e da minha família ficaram estremecidas”, disse Bauermann em vídeo publicado nas redes sociais.

A entidade citou o artigo 70 de seu código disciplinar, que estabelece a aplicação mundial de penas locais em casos de “infração grave”. O artigo cita justamente a manipulação de partidas como uma das situações em que as confederações nacionais devem entrar em contato para solicitar a ampliação da abrangência da pena.

Na Inglaterra, o brasileiro Lucas Paquetá, do West Ham, também entrou na mira das autoridades pela suspeita de envolvimento com a manipulação de resultados.

O jogador revelado no Flamengo é suspeito de ter forçado o recebimento de cartões amarelos em partidas da Premier League na temporada 2022/23. Ele nega as acusações.