Na final

River Plate perde do Boca na Bombonera, mas vai à final da Libertadores

River Plate se aproveitou da vantagem conseguida na primeira partida e, mesmo com a derrota por 1 a 0 para o Boca nesta terça, garantiu vaga na sua terceira final em cinco anos

O River Plate é o primeiro finalista da edição 2019 da Copa Libertadores. Após grande exibição no jogo de ida, o time comandado por Marcelo Gallardo esteve aquém do esperado nesta terça-feira e perdeu para o Boca Juniors por 1 a 0, na Bombonera, em Buenos Aires. Mas, mesmo com a atuação irregular, avançou a sua segunda decisão consecutiva porque vencera o primeiro jogo por 2 a 0.

Hurtado, que entrara no segundo tempo, anotou o único gol da partida, aos 34 do segundo tempo. O Boca até tentou impor pressão nos minutos finais, empurrado por sua fanática torcida. Porém, voltou a ser batido pelo arquirrival num confronto de Libertadores, como acontecera na final do ano passado.

Apesar da preocupação das autoridades quanto ao comportamento da torcida, o jogo desta terça não sofreu maiores sobressaltos ao longo dos 90 minutos.

A final da Libertadores, em jogo único, está marcada para 23 de novembro, no estádio Nacional de Santiago, no Chile. O adversário do River vai sair do duelo brasileiro entre Grêmio e Flamengo. Após empate por 1 a 1 no jogo de ida, as duas equipes voltam a se enfrentar nesta quarta-feira, às 21h30, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Atual campeão, o River busca o quinto título na competição, em sua sétima final. Antes, levantara o troféu em 1986, 1996, 2015 e 2018.

O técnico do Boca, Gustavo Alfaro, surpreendeu ao escalar Tevez entre os titulares, formando dupla com Ábila. Do outro lado, Marcelo Gallardo mandou a campo a mesma formação do jogo de ida

O JOGO – Cercado de preocupação por questões de segurança, o clássico argentino começou com 15 minutos de atraso. Mas por um motivo menos grave: papéis lançados pela torcida da casa no gramado. Quando a bola rolou, o Boca partiu para cima, tentando impor pressão. Porém, tecnicamente inferior ao rival, criou pouco e quase não levou perigo nos primeiros minutos.

A primeira boa chance surgiu aos 21, em lance de bola parada. Após cobrança de falta na área, Salvio desviou para as redes. O árbitro brasileiro Wilton Pereira Sampaio anulou a jogada por um polêmico toque de mão de Más antes da finalização para as redes.

Ainda tentando se encontrar em campo, o River respondeu aos 25. Fernández cobrou falta de longe, direto, e quase surpreendeu o goleiro Andrada, adiantado.

A partir dos 40, a insistência do Boca no “chuveirinho” na área do River passou a dar sustos na defesa rival. Aos 43, Pérez quase marcou contra ao desviar mal, para trás. Armani se esticou para fazer linda defesa e evitar o gol em nova jogada aérea dos anfitriões.

No segundo tempo, o Boca intensificou a postura ofensiva, enquanto o River atuava mais recuado, sem arriscar no ataque. Logo no primeiro minuto, Ábila recebeu passe de Buffarini, se enrolou com a bola dentro da área e desperdiçou grande chance.

Na sequência, Mac Allister desperdiçou chance incrível. Ele pegou sobra quase na pequena área e mandou rente à trave direita O árbitro acabou anulando o lance por impedimento logo em seguida.

Preocupado, o técnico Gustavo Alfaro trocou Ábila por Hurtado no ataque do Boca. Também sacou um volante para a entrada de Zárate Do outro lado, Lucas Pratto substituiu Borre.

A etapa final seguiu morna até os 34, quando o Boca balançou as redes e incendiou a partida. O gol, como vinha tentando a equipe desde o apito inicial, saiu em lance de bola parada. Mac Allister cobrou falta na área, Zárate desviou mal e quase perdeu a chance para o time da casa, mas Hurtado não vacilou e completou para o gol.

Era só o que a torcida queria para esquentar de vez a partida. O Boca, então, passou a arriscar em toda jogada, principalmente na bola parada. O River se segurou como pôde. Aos 48 minutos, após mais um levantamento na área, o goleiro Armani caiu no canto esquerdo para fazer boa defesa e assegurou o placar favorável aos visitantes.