A Copa Libertadores conheceu seu mais novo campeão na noite desta quarta-feira. O San Lorenzo, o famoso time do papa Francisco, derrotou o Nacional por 1 a 0, em casa, no Estádio Nuevo Gasômetro, em Buenos Aires, e conquistou o título sul-americano pela primeira vez em sua história.
Depois do empate em 1 a 1 no jogo de ida, em Assunção, o San Lorenzo assegurou a conquista com gol de pênalti de Ortigoza ainda no primeiro tempo. Na semana passada, o time argentino abriu 1 a 0 e esteve muito perto da vitória, o que deixaria próximo o título, mas cedeu a igualdade nos acréscimos.
Desta vez, o San Lorenzo soube administrar a vantagem até o apito final, comandado pelo árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci – também esteve na Copa do Mundo. Diante da empolgação da sua torcida, a equipe argentina foi mais atenta na defesa e, mesmo dando espaços ao adversário, evitou qualquer o empate nos minutos finais da grande decisão.
Com o triunfo, o time argentino garantiu vaga no Mundial de Clubes, que será disputado em dezembro, no Marrocos. Antes do San Lorenzo, já estavam confirmados o poderoso Real Madrid, grande favorito ao título, o Cruz Azul, do México, o Auckland City, da Nova Zelândia, e o Moghreb Athletic de Tétouan, do anfitrião Marrocos.
A vitória fortaleceu a “mística” do San Lorenzo com seu mais ilustre torcedor: o papa Francisco. Desde que o argentino foi escolhido como o novo líder supremo da Igreja Católica, o time do coração do religioso escapou do rebaixamento no Campeonato Argentino e faturou o troféu nacional em 2013. A boa sequência foi coroada com a conquista da Libertadores.
O título será muito comemorado pela torcida, alvo de piada dos rivais de Buenos Aires por causa da ausência do prestigiado troféu. Entre os maiores times da capital, o San Lorenzo era o único sem a conquista no currículo. Boca Juniors, River Plate, Racing e Independiente já haviam levado a Libertadores.
Na noite desta quarta, o San Lorenzo entrou em campo com o favoritismo, pelo futebol apresentado nas partidas anteriores e por decidir em casa. Mesmo assim, foi o Nacional quem criou as primeiras chances de gol. Logo no primeiro minuto de jogo, Orué acertou o pé da trave do time argentino. Aos 17, nova chance, em belo chute de fora da área.
O San Lorenzo reequilibrou as ações a partir dos 20 minutos e assumiu o comando da partida aos 34, quando Coronel colocou a mão na bola dentro da área. Na cobrança do pênalti, Ortigoza bateu no canto esquerdo e deslocou o goleiro, marcando o único gol do jogo.
Em desvantagem, o Nacional seguia tentando surpreender no ataque. Antes do intervalo, foram duas boas oportunidades de gol com Benítez e Torales, aos 43 e 44 minutos. O segundo tempo foi mais equilibrado, com menos bons lances ofensivos, mas com chances alternadas para cada lado.
A segunda parte do jogo foi marcado mais pela fortes entradas, pela catimba do San Lorenzo e pela imprudência da torcida local, que atirava fogos e artifício em direção ao gramado. Só pararam quando os jogadores do San Lorenzo intervieram e pediram para aguardar o fim do jogo, que acabou vindo sem maiores perigos para a defesa argentina.