São Paulo cai nos pênaltis e é eliminado na semifinal
Pelo segundo ano seguido, o São Paulo cai na semifinal da competição continental
O São Paulo conseguiu parcialmente o seu objetivo e venceu o Atlético Nacional, de Medellín (Colômbia), por 1 a 0 no tempo normal, nesta quarta-feira, no estádio do Morumbi, na capital paulista, teve chances de matar o jogo, mas sucumbiu na disputa de pênaltis por 4 a 1 e perdeu a chance de chegar à segunda decisão da sua história na Copa Sul-Americana.
Pelo segundo ano seguido, o São Paulo cai na semifinal da competição continental. Depois do título em 2012, o time paulista caiu em 2013 para a Ponte Preta – que acabaria derrotada pelo Lanús, da Argentina. Clube argentino que será o rival do Atlético Nacional na decisão. Nesta quinta, River Plate e Boca Juniors farão o superclássico no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires – na ida, no La Bombonera, empate sem gols.
A partida também enterrou a chance de o meia Kaká – e talvez o goleiro e capitão Rogério Ceni, que não falou se vai parar ou continuar jogando em 2015 – conquistar um título antes de se transferir para o Orlando City, dos Estados Unidos, no fim do ano.
Embora o resultado no jogo de ida obrigasse o São Paulo a vencer por pelo menos dois gols, havia motivos suficientes para acreditar na virada. Casa cheia, time completo e um placar plenamente possível de ser revertido davam ao são-paulino o sentimento de que a missão poderia ser dura, não impossível.
O treino secreto de Muricy Ramalho revelou a sua face tão logo saiu a escalação. Alan Kardec, ainda com dores no tornozelo, ficou no banco de reservas e Michel Bastos foi lançado no meio. Com isso, a ideia era dar mais movimentação ao time e ter uma presença de área mais forte com Luis Fabiano.
Mas do outro lado não havia um rival qualquer. Menos badalado que os outros três postulantes ao título, o time colombiano chegou à semifinal invicto como visitante e apresentando um futebol de disciplina tática, força e velocidade. Não à toa chegou ao Morumbi com vantagem e mostrou enorme consciência de posicionamento e encaixotou o adversário. Tanto que a melhor chance da primeira etapa foi do Atlético Nacional, com Cardona parando em Rogério Ceni.
O velho drama da afobação em momentos decisivos – já havia sido assim diante de Penapolense (Campeonato Paulista) e Bragantino (Copa do Brasil) – voltou com força na primeira etapa. A rigor, o time tricolor teve uma chance na primeira etapa, mas Armani defendeu bem o chute de Luis Fabiano. Com a bola nos pés, o São Paulo é inegavelmente mais time, mas preciosos minutos foram gastos com as estéreis ligações da defesa para o ataque.
Era cristalino, portanto, que o caminho para a vitória passava pelo controle real da posse de bola. E foi com o jogo pelo chão, com calma, que o time voltou do intervalo. Curiosamente, o gol de Paulo Henrique Ganso, de raríssima qualidade no passe, saiu em cobrança de falta despretensiosa, aos oito minutos. O cruzamento pingou no gramado, ganhou força e matou Armani.
Era a fagulha que faltava. O São Paulo partiu para cima e mesmo não estando em grande jornada, passou a sufocar o rival e criar as chances que poderiam garantir a vitória. Kaká e Luis Fabiano mandaram na trave em um intervalo de dois minutos, os zagueiros colombianos se multiplicaram para evitar outros arremates e o contra-ataque ficou exposto, mas acabou não sendo bem utilizado.
No fim, as forças acabaram se equivalendo e a decisão foi para a disputa de pênaltis. Pior para o São Paulo, que viu Alan Kardec (escorregou na hora do chute) e Rafael Toloi desperdiçarem as cobranças – Rogério Ceni acertou a sua -, enquanto que Bocanegra Valencia, Cardona e Ruiz fizeram e colocaram o Atlético Nacional na final.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 (1) x (4) 0 ATLÉTICO NACIONAL
GOL – Paulo Henrique Ganso, aos 8 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Alvaro Pereira e Luis Fabiano (São Paulo); Copete, Ruiz, Bocanegra, Armani e Alex Mejía (Atlético Nacional).
ÁRBITRO – Roddy Zambrano (Fifa/Equador).
RENDA – R$ 2.625.000,00.
PÚBLICO – 45.454 pagantes.
LOCAL – Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).
SÃO PAULO – Rogério Ceni; Hudson, Rafael Toloi, Edson Silva e Alvaro Pereira (Osvaldo); Denilson, Souza, Michel Alves, Paulo Henrique Ganso e Kaká (Alan Kardec); Luis Fabiano. Técnico: Muricy Ramalho.
ATLÉTICO NACIONAL – Armani; Nájera (Copete), Bocanegra, Alexis Henríquez e Murillo; Arias (Valencia), Alex Mejía, Cardona e Díaz (Bernal); Berrío e Ruiz. Técnico: Juan Carlos Osorio.