São Paulo se afunda na má fase, perde do Atlético-GO e amplia tabu sem vitórias
Assim, o título do torneio, ao qual a equipe já foi favorita com sete pontos de vantagem na liderança, fica cada vez mais distante.
O calvário continua pelos lados do Morumbi. O São Paulo tropeçou pela sexta vez seguida no Campeonato Brasileiro, ao ser derrotado pelo Atlético Goianiense por 2 a 1, neste domingo, no estádio Antônio Accioly, em Goiânia, pela 33ª rodada do torneio nacional.
A afobação na hora de criar jogadas, os erros técnicos básicos de passe na saída de bola e o desentrosamento da equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz foram, mais uma vez, responsáveis pelo resultado ruim fora de casa, deixando o São Paulo cada vez mais longe de voltar a acirrar a briga pelo título.
São quatro derrotas e dois empates nos últimos seis jogos. O resultado deixa o clube da capital paulista com 58 pontos. Já o Atlético Goianiense consegue a sua terceira vitória seguida e vai à 12ª posição, com 45 pontos.
O JOGO – O Atlético Goianiense começou a partida pressionando e abusando dos erros do São Paulo, um dos principais fatores responsáveis pelo mau desempenho tricolor nos últimos jogos. Mais uma vez, o São Paulo iniciava bastante afobado, com falhas básicas de passe, que permitiram o controle do Atlético Goianiense nos primeiros 15 minutos da partida.
A falta de atenção em bolas paradas, outra característica algoz para a equipe do técnico Fernando Diniz nos tropeços recentes, revelou o primeiro gol da partida.
Aos 21 minutos, em cobrança de escanteio de Janderson, a bola sobrou para Natanael na entrada da área, pelo lado esquerdo, e o zagueiro chutou forte para deixar a sua marca, que contou com um desvio matador de Arboleda, sem chances para o goleiro Tiago Volpi.
A saída de bola do São Paulo era pressionada pelos donos da casa e o time não encontrava espaços nem oportunidades para uma armação mais estruturada. Quase durante todo o primeiro tempo, essas quebras na continuidade das jogadas não davam o ritmo que os visitantes precisavam para se impor.
Mas aos 39 minutos, o São Paulo acordou. Em uma jogada bem construída, costurando a defesa do Atlético Goianiense, Reinaldo e Igor Gomes tabelaram pouco antes da entrada da área e o lateral encontrou a chance para um chute no ângulo esquerdo de Jean. Um belo gol que trouxe o empate e, também, mais ânimo para a equipe paulista.
Aos 43, o meio-campista Gabriel Sara teve a oportunidade de virar o jogo em outro bom momento do entrosamento que faltou ao São Paulo nos últimos jogos. Daniel Alves achou belo passe de letra para Igor Gomes, que lançou para Sara apenas finalizar na cara do gol, mas o pé direito do meia, que é canhoto, acabou atrapalhando o lance.
Parecia que o São Paulo havia reencontrado o bom futebol característico de quando liderou o campeonato por oito rodadas seguidas, mas o intervalo esfriou a equipe. Os primeiros minutos do segundo tempo foram bastante parecidos com os da etapa inicial. O Atlético Goianiense controlou a partida, aproveitando-se das bobeadas são-paulinas.
Os donos da casa chegaram a causar perigo para Volpi em pelo menos três vezes. O destaque das investidas do time de Goiânia ficou com Natanael, que quase marcou o seu segundo gol no jogo em um chute colocado no canto esquerdo do goleiro, mas Volpi, em bela defesa, se esticou e evitou o pior.
O Atlético pressionava praticamente em todo o tempo e, depois de tantas chances, veio o gol da vitória, aos 42, com o atacante Vitor, que, sozinho, cabeceou para as redes depois de contra-ataque bem construído.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-GO 2 X 1 SÃO PAULO
Local: estádio Antônio Accioly, em Goiânia (GO)
Data: 31 de janeiro de 2021, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (Fifa-SC)
Assistentes: Alessandro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Johnny Barros de Oliveira (SC)
VAR: Wagner Reway (PB)
Cartões amarelos: Zé Roberto, Willian Maranhão (Atlético-GO)
GOLS: Natanael, aos 20 do 1ºT e Vitor, aos 42 do 2ºT (Atlético-GO); Reinaldo, aos 39 do 1ºT (São Paulo)
ATLÉTICO-GO: Jean; Dudu, João Victor, Éder Ferreira e Natanael; Marlon Freitas, Matheus Vargas (Vitor) e Willian Maranhão (Gilvan); Wellington Rato (Nicolas), Janderson (Pereira) e Zé Roberto (Chico).
Técnico: Marcelo Cabo
SÃO PAULO: Tiago Volpi; Juanfran (Igor Vinícius), Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Luan (Toró), Daniel Alves, Gabriel Sara (Vitor Bueno) e Igor Gomes (Tchê Tchê); Brenner (Pablo) e Luciano.
Técnico: Fernando Diniz.