Sem meias palavras
Quem assistiu ao filme Ford x Ferrari, muito bom por sinal, conheceu o verdadeiro papel…
Quem assistiu ao filme Ford x Ferrari, muito bom por sinal, conheceu o verdadeiro papel de um executivo do esporte. O projetista Carroll Shelby, interpretado brilhantemente por Matt Damon; ditou regras, enfrentou a interferência empresarial e as leis da física para construir, juntamente com o piloto de sua preferência, um carro de corrida para a Ford Motors derrotar a hegemonia de Enzo Ferrari nas 24 horas de Le Mans, em 1966.
No Atlético Goianiense, Adson Batista, faz o papel do grande executivo, com uma diferença: ele é o presidente e não faz rodeios para cobrar nada de ningém. Bastou a derrota para o Goiatuba (2 x 1), no terceiro jogo do Campeonato Goiano e Adson soltou o verbo, com severas críticas a jogadores e comissão técnica.
Adson não aceita time sem vibração, na zona de conforto e desorganizado taticamente. Em linhas gerais, o presidente mandou o seguinte recado: o Atlético não é o melhor time do mundo e que leva muito a sério todas as competições do calendário.
Na verdade, o Campeonato Goiano sempre foi cheio de surpresas e nenhum dos grandes da capital pode menosprezar as demais equipes. O Goiás já perdeu, Vila Nova perdeu; e o Atlético também perdeu. Os resultados das primeiras rodadas provocam cobranças e providências por parte dos dirigentes e executivos dos times da capital.
O momento é de correções em termos de formação de elenco e atitude. Quem não se enquadrar pode perder espaço e até ficar fora das competições que virão pela frente. No Atlético, por exemplo, o recado já foi dado por Adson Batista, o Carroll Shelby, do futebol goiano.