STJD mantém jogo contra Ponte, e Aparecidense ameaça parar Copa do Brasil
O Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) indeferiu, em sessão realizada nesta quinta…
O Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) indeferiu, em sessão realizada nesta quinta (28), a Medida Inominada da Aparecidense (GO) que pedia a anulação do julgamento que impugnou a partida contra a Ponte Preta pela primeira fase da Copa do Brasil.
Desta forma, o polêmico jogo do dia 12 de fevereiro -que terminou com vitória por 1 a 0 do time goiano e, teoricamente, eliminaria a Ponte- segue anulado, e um novo confronto será disputado na próxima quarta-feira (3) para definir quem avança para a segunda fase do torneio nacional.
De acordo com Alessandro Kishino, advogado da Aparecidense, a diretoria avalia a possibilidade de ir à Justiça Comum, o que poderia paralisar a Copa do Brasil.
“Se o caminho for esse, a ideia é pedir a anulação dos julgamentos e garantir que a Aparecidense jogue a segunda fase contra o Bragantino-PA. Mas, como disse, a diretoria está vendo qual caminho seguir”, explicou.
“Novamente nos desapontamos [com o julgamento do STJD]. Estávamos confiantes no sucesso”, acrescentou o representante jurídico do clube goiano em entrevista à reportagem.
Ainda segundo Alessandro, a diretoria da Aparecidense deixou o STJD e seguiu direto para a sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro.
No dia 22 de fevereiro, o STJD anulou a partida entre Ponte Preta e Aparecidense por considerar que houve interferência externa no lance que anulou o gol dos ponte-pretanos, aos 44min do segundo tempo.
Cinco dias depois, o presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, indeferiu o pedido da Aparecidense para impugnar o julgamento. Os advogados questionavam a participação de um auditor suplente no julgamento que anulou a partida.
Nesta quinta, porém, o Pleno do STJD indeferiu a Medida Inominada da Aparecidense, que solicitava a anulação do julgamento.
“Na minha concepção, me causa surpresa aqueles que entendam que houve manipulação de quórum. Busco a legalidade em todos os julgamentos. Não era ilegal a convocação”, concluiu Salomão Filho.
Relembre a polêmica
A derrota da Ponte Preta por 1 a 0, em Aparecida, dia 12 de fevereiro, contou com ares dramáticos no fim da partida e muita polêmica. Depois de Uéderson abrir o placar a favor do Aparecidense ainda na etapa inicial, a Ponte Preta chegou a balançar as redes aos 44min do segundo tempo, mas o gol não valeu.
O atacante Hugo Cabral, que havia entrado no intervalo, aproveitou rebote e mandou a bola para as redes, mas em posição de impedimento. O gol, inicialmente, foi validado, e jogadores, comissão técnica e até diretoria do Aparecidense partiram para cima do árbitro, que solicitou policiamento.
Depois de alguns minutos, o árbitro Léo Simão Holanda (CE) voltou atrás e cancelou o gol da Ponte Preta, agora gerando revolta dos jogadores do time paulista e precisando mais uma vez de policiamento. O jogo ficou paralisado por 16 minutos até ser reiniciado.