TÓQUIO 2021

Tchaikóvski substituirá hino russo na Olimpíada após suspensão por doping

Símbolos do país estão vetados nos Jogos como punição por fraudes em laboratório

Jogos Olímpicos de Paris irão começar no dia 26 de julho(Foto: Divulgação)

Os atletas russos que ganharem medalhas olímpicas nos Jogos de Tóquio, neste ano, e nos Jogos de Inverno de Pequim-2022 ouvirão no pódio uma obra de Piotr Tchaikóvski, disse o comitê olímpico do país nesta quinta-feira (22).

Atletas russos estão proibidos de competir em grandes eventos internacionais, incluindo as Olimpíadas, sob a bandeira do país e com seu hino até 2022, após uma decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS) no final do ano passado.

Isso porque a Rússia forneceu às autoridades globais antidoping dados de laboratório adulterados que poderiam ter ajudado a identificar fraudes com substância proibidas no esporte.

Stanislav Pozdnyakov, presidente do Comitê Olímpico da Rússia (ROC), afirmou em um comunicado que a obra usada em cerimônias de medalhas para os russos competindo como representantes do ROC será um fragmento do Concerto para Piano nº 1 de Tchaikóvski (1840 – 1893).

“A partir de hoje, nossa equipe olímpica tem todos os elementos de sua identidade”, disse Pozdnyakov, cinco vezes medalhista olímpico na esgrima.

“Temos a bandeira do Comitê Olímpico Russo com as nossas três cores, nosso equipamento oficial —facilmente reconhecível por nossos compatriotas e fãs de outros países— sem nenhuma inscrição. E agora temos um acompanhamento musical.”

Em suas diretrizes sobre a implementação da decisão da CAS, o Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou que o Concerto para Piano nº 1 de Tchaikovsky será tocado em todas as cerimônias.

Muitos atletas russos foram excluídos das duas últimas Olimpíadas e a bandeira do país foi proibida nos Jogos de Inverno de Pyeongchang 2018 como punição pelo esquema doping coordenado pelo Estado nos Jogos de Sochi de 2014.

A Rússia, que no passado reconheceu algumas falhas na implementação de políticas antidoping, nega ter um programa de violações patrocinado pelo Estado.